terça-feira, novembro 26, 2013

Resultado fiscal deste ano ficará dentro dos limites estabelecidos, diz Mantega


Brasil Econômico - As informações são da Agência Brasil

Para o ministro, a inflação está controlada e "bem-comportada" e deve fechar 2013 percentual semelhante ao de 2012



Brasília - O resultado fiscal deste ano será bastante razoável, dentro dos limites estabelecidos, estimou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele lembrou que 2013 foi um ano difícil, por causa da seca que, ao final, levou o governo a fazer gastos extras, como os da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

"Só isso vai nos consumir cerca de R$ 15 bilhões [R$ 10 bilhões para a CDE e R$ 5 bilhões com medidas para o enfrentamento da seca na Região Nordeste]. São gastos extraordinários, que não esperávamos", disse Mantega.

O ministro destacou que o governo está revisando gastos, como, por exemplo, os do seguro-desemprego, de modo a controlar a conta, que "subiu bastante neste ano".

"Certamente não vamos fazer um [superávit] primário cheio, mas o governo federal se compromete a fazer R$ 73 bilhões com o Governo Central (Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional). Estamos perseguindo esta meta. Se os estados e municípios fizerem mais [até R$ 26,5 bilhões], poderemos ter este resultado satisfatório", disse Mantega. Para ele, o resultado deverá permitir mais uma vez a redução do dívida líquida no país.

Para o próximo ano, o ministro da Fazenda espera situação mais favorável, pois, segundo ele, a arrecadação tem melhorado. "Será mais viável fazermos um [superávit] primário maior do que neste ano."

Inflação

Para mantega, a inflação está controlada e "bem-comportada". Ele citou o IPCA-15 de novembro que ficou em 0,57%, abaixo da expectativa do mercado financeiro.

Segundo o ministro, a inflação fechará o ano semelhante à do ano passado e abaixo do limite da meta pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é 6,5%. O ministro acredita que no ano que vem o resultado será melhor, se não houver aumento de preços dos alimentos provocado por problemas climáticos.

Correção da poupança

O ministro da Fazenda disse também que acredita em uma solução satisfatória para a correção do rendimento da poupança, em função de perdas com os planos econômicos instituídos nos anos 1980 e 1990.

"Esta é uma questão antiga que está preocupando a área financeira, a área dos bancos. Mas acredito em uma solução satisfatória que não vá prejudicar o setor e vá acomodar todos os interesses", disse.

A ação está no Supremo Tribunal Federal e diz respeito aos planos Cruzado, Bresser, Verão e Collor 2. O Banco Central calcula que a dívida é R$ 150 bilhões, mas o Instituto de Defesa do Consumidor contesta e diz ter estudos que chegam a valor bem menor, R$ 8,4 bilhões.

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