Agora, com a exumação do corpo do grande presidente João Goulart, se torna possível testar a hipótese de envenenamento.
Uma das três obras democratizantes do General Geisel
O motorista do ônibus da Cometa que participou do desastre em que morreu JK recebeu oferta de uma mala de dinheiro para assumir a culpa.
Agora, a Comissão da Verdade de São Paulo (sim, porque a de Brasília sobrevive em comatoso estado) colheu o depoimento de um médico legista de Minas que comprova a suspeita de atentado.
Ele testemunhou ter vistos buracos de tiro na cabeça do motorista do carro que levava JK ao Rio, na Via Dutra.
Como se sabe, no espaço de nove meses, morreram de forma suspeita os três articuladores da Frente Ampla que pretendia encontrar uma saída para o regime militar: JK, Jango e Lacerda.
Agora, com a exumação do corpo do grande presidente João Goulart – clique aqui para ler sobre a agenda inacabada das Reformas de Base, e aqui para ouvir trecho emocionante do discurso na Central – se torna possível testar a hipótese de envenenamento.
Aí, os suspeitos serão o General Geisel, a Operação Condor e o detetive Fleury, fiel escudeiro dos propósitos democratizantes do general-presidente.
Clique aqui para ir ao “Dossiê Jango” e aqui para o “O Dia que durou 21 anos”.
Como a Lei da Anistia será revista em breve, assim como Jango será recebido nesta quinta-feira, em Brasília, com honras de Chefe de Estado, o General Geisel, um dia, será encarcerado, sem as mesmas.
Em tempo: essas considerações são uma singela homenagem aos historialistas – nem historiadores nem jornalistas -, como o dos múltiplos chapéus, que tentam fazer de Geisel e Golbery os Fundadores da Democracia Pátria.
São os que – é tudo a mesma sopa, diria o Mino – dizem que o Lula não seria nada sem a herança – em forma de tripé – do Príncipe da Privataria.
Em tempo2: a morte de JK aconteceu no dia 22 de agosto de 1976. Jango faleceu em 6 de dezembro do mesmo ano. Lacerda morreu em 21 de maio de 1977. Todos, como se sabe, durante o Governo de Ernesto Geisel (1974 – 1979).
Paulo Henrique Amorim
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