Do http://pafranco2005.blogspot.com.br/2013/03/brasil-tem-o-menor-nivel-de-evasao-por.html?spref=tw
Global Financial Integrity: corrupção evadiu do Brasil U$ 35 bilhões em 10 anos, ou 0,4% do PIB anualmente, o menor nível entre os países em desenvolvimento.
A GFI - Global Financial Integrity, publicou uma estimativa de que de 2001 a 2010, cerca de US$ 5,8 trilhões advindos de corrupção com recursos públicos foram “transacionados ilicitamente” no mundo.
A GFI elaborou um ranking da quantia com que cada país do mundo “contribuiu” para o montante. O 1º lugar coube à China que evadiu, em 10 anos, US$ 2,7 trilhões, seguida pelo México, com US$ 476 bilhões e pela Malásia com US$ 284 bilhões. O fato de a China ter evadido o maior valor não significa que o país seja o mais corrupto do mundo, pois a quantia evadida depende do PIB de cada país.
A Rússia, por exemplo, um dos países mais corruptos do mundo, está listada em 5º lugar, com US$ 152 bilhões vazados pela corrupção e a Índia vem em 8º com US$ 123 bilhões. O Brasil, que segundo a Global Financial Integrity, evadiu US$ 35 bilhões em 10 anos, U$ 3,5 bilhões por ano está na 21ª posição.
Ajustando esse número ao PIB para eliminar a distorçao gerada pelas diferenças de tamanho das economias, obtém-se um ranking bem diferente dos valores absolutos. Neste caso, tomou-se apenas os cinquenta países com maior valor absoluto de evasão, calculando a representatividade desse valor em relação ao PIB de 2005, que é ponto médio entre 2001 e 2010.
O primeiro e o segundo lugares ficaram com Liberia e Aruba, com 200% e 124% do PIB. Ou seja, o valor transacionado ilicitamente foi superior ao próprio PIB anualmente. Do outro lado, a China e o México que ocupam os dois primeiros lugares em valores absolutos, caem para a 17ª e a 26ª posições com 12,1% e 5,6% respectivamente.
A grande surpresa foi o índice do Brasil que, com um volume de US$ 3,5 bilhões anuais ficou na última posição, com apenas 0,4% do PIB.
Muitas constatações podemos tirar desses números, mas eu destacaria duas:
(i) A corrupção e o fluxo de dinheiro sujo é um cancer já em nível de metástase, atingindo todos os cantos do mundo, e
(ii) O Brasil, embora com um nível alto de corrupção está muito longe de ser o apocalipse pintado pelos atuais oposicionistas ao governo.
No vídeo, Raymond Baker, Director of Global Financial Integrity e autor do livro "Capitalism’s Achilles Heel: Dirty Money and How to Renew the Free-Market System", em outubro de 2010, no Bergen Resource Centre for International Development, Norway, falou sobre o problema do fluxo financeiro ilicito e as ligações entre corrupção lavagem de dinheiro e pobreza; bem como formas para amenizar o problema para benefício deda segurança e melhora do desenvolvimento global.
Tabela com os 50 países em desenvolvimento como maior volume de recursos ilicitos transcionados.
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