Tijolaço
O excelente correspondente do Estadão na Suíça, Jamil Chade, publicou hoje uma nota com uma boa notícia.
É que o representante do Vaticano na Organização Mundial do Comércio, na linha da exortação feita pelo Papa Francisco, na semana passada, atacou duramente as regras do comércio mundial onde os países ricos querem liberdade absoluta para os produtos industriais mas colocam barreiras para os produtos primários, ao concederem aos seus produtores subsídios de – acreditem! – cerca de US$ 1 bilhão ao dia.
Mas há casos em que os subsídios têm razão de ser, como o que pede a Índia, para poder alimentar sua população.
O que Roberto Azevêdo, presidente brasileiro da Organização Mundial do Comércio está tentanto é um acordo global, que reduza os espaços para as distorções geradas pelos acordos bi ou polilaterais, onde o poder de pressão dos países ricos é maior.
O Monsenhor Silvano Tomaso, representante do Papa, não falou em meias palavras sobre isto:
“Entre as concessões mais prejudiciais em países em desenvolvimento fazem acordos regionais e bilaterais estão aquelas que aumentam os monopólios sobre medicamentos que salvam vidas, que reduzem a acessibilidade e aqueles que fornecem direitos legais excessivos para os investidores estrangeiros, o que limita o espaço político para os países para promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo”.
A conferência, que deveria terminar hoje, deve se estender até amanhã em busca de um acordo.
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