Tijolaço
Saiu hoje o lucro do Itaú, o banco que foi dizer em Davos que o Brasil era insustentável.
R$ 15,69 bilhões em 2013, recorde na história de recordes que é o lucro dos bancos no Brasil e “apenas “ 15,5% a mais em relação ao obtido em 2012.
Só no quarto trimestre, com o Brasil já mergulhado na crise e no “esgotamento do modelo” que seu economista-chefe, Ilan Goldfajn foi expor aos investidores estrangeiros,o lucro líquido do banco foi de R$ 4,646 bilhões.
Graças à queda da inadimplência – aquela que o Mainardi diz que está explodindo – ao crédito consignado que assalariados e aposentados toma no banco e ao crédito imobiliário, duas operações que só se faz quando se tem confiança na estabilidade do trabalho e da renda.
O economista-chefe do Itaú, está preocupado com as contas públicas, mas seu banco recusa-se a pagar o que a Receita Federal está cobrando por sonegar, com manobras contábeis, o Imposto de Renda devido por sua fusão com o Unibanco.
Pode ser que o que não se consegue fazer pela lei, possa ser feito pelo Imposto de Renda, como ocorreu com um famoso personagem da história dos EUA, nos anos 30, em Chicago.
O sistema bancário brasileiro não é caso de BC, é caso de DP.
Mas é forçoso admitir que o chefão do Itaú tem certa razão.
De fato, um país dificilmente poderá ser sustentável com um bando de morcegões chupando assim seu sangue econômico, sem produzir um parafuso que seja.
Não é à toa que herdeiros deste império estejam tão preocupados com sustentabilidade.
A sustentabilidade deles.
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