Do Tijolaço
O Ministério de Relações Exteriores da China deu hoje um recado claro aos Estados Unidos para que respeite os acordos firmados em 2010 para dar mais poder aos países emergentes no Fundo Monetário Internacional.
Mesmo tendo reconhecido que a atual distribuição de poder no FMI reflete um mundo que já se foi, os Estados Unidos não fizeram a sua parte na reforma da estrutura de poder, porque o Congresso, ao aprovar o orçamento público do país, na segunda-feira, não teve acordo sobre as cotas americanas nos recursos do Fundo.
Com isso, não se completam as mudanças.
A China, que tem apenas 3,8% dos votos, passaria a 8,1% e ficaria como a terceira força na instituição, atrás dos EUA e da União Europeia.
O G-7 (EUA,França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido) baixam de 44,3% para 41,2%.
E nós com isso?
O Brasil, a Índia e o México são, depois da China, os países que mais aumentam sua participação: saímos de 1,7% para 2,2%. E antes das mudanças da conferência de Singapura, em 2008, era de 1,4%, atrás de economias muito menores.
Passamos a ocupar o sexto posto, se os países da Zona do Euro forem considerados somados. O terceiro é do Japão e o quarto e quinto passam a ser Índia e da Russia e da Índia, com 2,63% e 2,59%, respectivamente.
São pequenas mudanças, que não refletem integralmente as mudanças da economia mundial, mas que foram conquistas arrancadas a fórceps dos Estados Unidos.
Que, como se viu, resistem a implantá-las.
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