Comentário postado no Blog da Cidadania
ARTHUR/WALTER
AH, HOJE TEM ANIVERSÁRIO DO GOLPE MILITAR NO BRASIL DE 1964 ORGANIZADO E EXECUTADO PELA A CIA COM MUITO DÓLARES DO IBAD E NÃO FOI NADA DAQUELA BALELA: “A SOCIEDADE FOI NOS QUARTÉIS PARA PEDIR PARA DERRUBAR O JOÃO GOULART PORQUE ELE ERA COMUNISTA!” FICARAM 21 ANOS NO PODER E DESTRUÍRAM A ECONOMIA DESSE PAÍS! QUANDO ELES DERRUBARAM O JANGO DEVÍAMOS AO FMI 3 BILHÕES DE DÓLARES.
DÍVIDA QUE FOI AUMENTADA EM 43 VEZES E COM TANTO DINHEIRO NA MÃO, NÃO DIMINUIU EM NADA A POBREZA E O NÚMERO DE MISERÁEIS DO BRASIL, COMO O LULA FEZ E A DILMA ESTÁ TERMINANDO! EIS A VERDADEIRA HISTÓRIA DESSA DITADURA!
No governo Vargas o general de Exército Ministro da Guerra, hoje chamado ministro do Exército, Estilac Leal, foi contra o pedido dos EUA para mandar tropas brasileiras para a guerra da Coréia e falou com Getuliuo e ele resolveu não enviar. Daquele dia em diante chegou até às forças armadas brasileiras um plano inicial elaborado para enfraquecer o governo nacionalista de Getulio Vargas! O governo dos EUA se aborreceu e afirmou publicamente que não iria mais ajudar o governo Vargas em novos projetos e se iniciou uma guerra silenciosa e nojenta contra o governo de Getulio! Os EUA fizeram uma pressão tão grande para que Getulio demitisse o general Estilac Leal e acabou Getulio demitindo! E foi quando surgiu entre os militares das Forças Armadas, várias a organizações que começaram a operar no final da década de 50.
A conspiração era para desfechar um golpe de Estado a pretexto de combater o comunismo que chegou até o governo João Goulart. Eram militares simpatizantes da UDN e PSD (como o PSDB, DEM e PPS, hoje) partidos que sofriam a ojeriza dos eleitores brasileiros, isto é, não tinham como ganhar uma eleição presidencial e então só restava conspirar para derrubar em um golpe o presidente eleito. Toda aquela onda, pressão diária sistemática da mídia brasileira (sempre vendida) contra Getulio comandada pela pela Tv e jornal Globo e pelo Carlos Lacerda que também fazia parte do plano da CIA e que resultou no suicídio de Getulio Vargas! Tragédia nacional que este ano fará 59 anos. Diante da reação popular de revolta ante a morte de Getulio, os golpistas ficaram com medo e se encolheram. E no governo Juscelino os golpistas voltaram a agir e tentaram aqui e ali, o golpe com insurreições, mas o general Henrique Dufles Teixeira Lott, legalista e nacionalista, ministro da Guerra, estava de ouvidos apurados e olhos bem abertos contra os golpistas. Aí veio o Jânio e sua renúncia e a tentativa dos golpistas de impedir de João Goulart (Jango) assumir a presidência do Brasil. Todavia havia um político nacionalista chamado Leonel de Moura Brizola governador do Rio Grande do Sul, que fez a campanha pela legalidade através das emissoras de rádios (Rede da Legalidade do grupo Miguel Leuzi) e Jango foi empossado, mas em um governo parlamentarista, que depois, através de um plebiscito popular, voltou ao presidencialismo.
Bem, aí piorou, pois veio com toda a força a CIA com o seu plano para derrubar o Jango, que teve como coordenador, o embaixador dos EUA aqui no Brasil, Lincoln Gordon, como executor o assessor militar da embaixada, o então major Vernon Walters. Para isso a CIA recrutou pessoas e entidades, tanto através das organizações criadas para isso como o IPES (Instituto de Pesquisa Social), da ADEP (Ação Democrática Popular) quanto do IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e até diretamente, de inúmeros oficiais dos mais diversos escalões das forças armadas. E com esse bem articulado trabalho de corrupção, inédito na história do Brasil (revelou a CPI DO IBAD), a CIA aliciou militares, empresários, fazendeiros, vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais; senadores, governadores de Estado, jornalistas, profissionais liberais, donas de casa, estudantes, dirigentes sindicais, cardeal, arcebispos, bispos, padres, pastores das igrejas evangélicas, operários e camponeses. Enfim, todas as classes e categorias da sociedade civil brasileira, segundo apurou a Comissão Parlamentar de Inquérito, do IBAD, do IPES e da Cruzada Democrática.
Para conseguir financiamento, inicialmente para impedir a eleição de políticos nacionalistas, foi convocado o americano que vivia no Brasil, Ivan Hasslocher, dono da agência de propaganda S.A. Incrementadora de Vendas Promotion, que de imediato criou o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) no mês de maio de 1959 ainda no governo Juscelino Kubistchek e depois em 1961 foi fundado o IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), um dos fundadores era o general Golbery Costa e Silva e ainda, não satisfeitos, fundaram a ADEP (Ação Democrática popular), em 1962 para ajudar a recolher dinheiro dos empresários americanos com negócios no Brasil. Até o início de 1963 foram arrecadados mais de dois bilhões de cruzeiros (muito mais grana do que dois bi hoje)! Até o general Golbery Couto e Silva viajou com milhões de cruzeiros ao Rio Grande do Sul para financiar candidatos antinacionalistas! O IBAD tinha uma conta secreta no Royal Bank que enviava as doações das grandes empresas estrangeiras, principalmente as norte-americanas e algumas poucas brasileiras. Ivan Hasslocher ganhou o apelido de “Goebbels caboclo” (referência ao general Paul Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista, que era encarregado de moldar e irradiar as mensagens nazistas para o povo alemão) e é dele a ideia que a CIA hoje usa na mídia internacional quando quer invadir um país para roubar-lhe suas riquezas, repitir sempre, sempre uma mentira, cem vezes, se preciso for, a favor do governo ou contra os seus inimigos que ela se transformará em verdade para a maioria do povo.
E as doações arranjadas pelo Ivan Hasslochen, arrecadadas no início foi para financiar a campanha eleitoral dos candidatos que não fossem nacionalistas e isso tudo era falado na maior “careta de pau”, sem esconder nada, falando abertamente, que a grana era para financiar políticos, empresários, fazendeiros, banqueiros, profissionais liberais e as diversas lideranças religiosas e associativas, para eleger políticos que não fossem nacionalistas. Segundo o ex-deputado Eloy Dutra, foi cassado depois, que participou da CPI e escreveu o livro “IBAD A Sigla da Corrupção”, Ivan Hasslocher, com o dinheiro arrecadado, selecionou e apoiou cerca de 250 candidatos a deputado federal, 600 deputados estaduais, 8 candidatos a governadores e inúmeros candidatos ao senado.
Um candidato à deputado federal recebia CR$ 1 milhão e 600 mil, um deputado estadual CR$ 800 mil. O grupo IBAD/IPES/ADEP gastou 1 bilhão e 40 milhões de cruzeiros, nos 150 dias que antecederam as eleições de 1962. E posteriormente como os eleitores brasileiros continuaram a votar nos candidatos nacionalistas, isto é, contra os candidatos antinacionalistas. Apesar de tanto dinheiro, perderam a eleição e houve uma grande reviravolta na missão fim do dinheiro arrecadado e ele passou financiar uma estrutura cívico-militar para derrubar o presidente João Goulart, através de um golpe militar! E também era na maior “careta de pau” que os emissários do IBAD/ADEP/IPES, entravam nos quartéis para falar do dinheiro disponível (só com alguns oficiais superiores e generais, porque de capitão pra baixo, em sua maioria eram getulistas, janguistas e nacionalistas). Eles tinham urgência em tirar o Jango do poder! E, infelizmente, eles conseguiram no dia 1º de abril de 1964!
Quando os militares derrubaram o Jango, o general Castelo Branco (quem diria?) foi o escolhido, “à dedo” pela CIA para ser presidente do Brasil! E tão logo os militares assumiram o poder, colocaram em toda a mídia que o governo João Goulart, além de ser comunista e subversivo, havia destruído as finanças do Brasil, pois devíamos 3 bilhões de dólares ao FMI e 3 anos depois o Brasil ditatorial passou a dever 6 bilhões e 6 anos depois a dívida foi à 12 bilhões e para resumir: 21 anos depois, no fim da ditadura militar estávamos devendo 128 bilhões de dólares ao FMI e já havíamos pagos só de juros (sem os 129 bilhões), 280 bilhões de dólares! A ditadura militar aumentou a dívida do João Goulart em 43 vezes! E tem muitos coronéis e generais (a maioria deles eram 1º ou 2º tenentes em 1964, portanto não tinham as informações dos coronéis e generais sobre a organização e o andamento do golpe militar) que dizem por aí que a sociedade foi aos quartéis para pedir para derrubar o João Goulart porque ele era comunista! Que sociedade foi essa que foi nos quartéis chamar os militares para derrubar o João Goulart? Só se foi a sociedade da CIA, do IBAD, do IPES, da ADEP e da Cruzada Militar!
Ivan Hasslocher fez um grande trabalho, pois comandou 80 programas semanais de rádio, arrendou por 90 dias o jornal “A Noite” (era um dos grandes jornais do Rio de janeiro) e a “Ação Democrática”, uma revista mensal com 250 mil exemplares, em papel couchê de ótima qualidade. Era distribuída gratuitamente e “milagrosamente” sem nenhum anúncio publicitário. E Ivan Hasllocher, depois do golpe militar, com medo de represálias, fugiu do Brasil, com a mala cheia de dólares e viveu uma vida nababesca em paraísos fiscais e acabou no seu país de origem milionário (ou bi?) em dólares. O principal “organizador civil” do golpe militar de 1964, morreu em Houston, EUA em maio de 2000, no mesmo mês em que ele fundou a sua entidade golpista no Brasil em 1959. Uma grande parte dos bilhões arrecadados foi para pagar órgãos de imprensa escrita, falada e televisada para desmoralizar o governo João Goulart. Essa dinheirama toda foi para entidades e pessoas em todos os estados do Brasil e para pagar a arregimentação de pessoas, associações neutras, políticas, religiosas e de trabalhadores em todos os movimentos anti-Jango e principalmente para participar das duas marchas do Rio e São Paulo. A “Marcha da Família pela Liberdade” e a fatura foi muito bem paga, porque os organizadores conseguiram arregimentar nas duas marchas quase 3 milhões de pessoas.
Os militares demitiram, cassaram, perseguiram, prenderam, torturaram, desapareceram e mataram tanta gente, mas, como incompetentes que eram (eles sim destruíram a economia do Brasil), deixaram até os seus próprios salários defasarem e foi somente no governo do presidente Lula que melhorou esses salários, isto é, cerca de 50 anos depois. Ah, acabou que o Lula pagou toda dívida do FMI! Até os salários dos militares defasaram durante 21 anos e só vieram a melhorar bastante no governo do operário Lula, quase 45 anos depois! Se os militares golpistas de 1964, tivessem conservado o mesmo nível de salários que o governo do João Goulart lhes dava na época em que foi derrubado do poder, um general de exército (ou almirante de esquadra) estaria ganhando hoje cerca de 31 mil reais. Veja se os militares da Argentina, Chile e de outros países onde houveram ditaduras militares, se eles tiveram os seus salários tão defasados como os militares do Brasil? Foram incompetentes em administrar o país, mas competente em manter o nível de seus salários! E também se a ditadura militar tivesse sido um bom governo para o Brasil e o seu povo, com as centenas de bilhões de dólares que apanharam no FMI, eles teriam acabado com a pobreza e os mais pobres no Brasil seriam classe média média. A ditadura militar teria construído mais de 1.500 Escolas Técnicas e mais de 1.000 universidades públicas.
O ProUni estaria atendendo cerca de 3 milhões de estudantes e o Brasil (em 1970) seria a quarta potência do mundo e os seus presidentes-ditadores teriam recebido vários prêmios internacionais por fazer o bem para o Brasil e para o povo brasileiro mais pobre e miserável (como Lula recebeu pelo que fez)!
Quanto a falação dos amantes da ditadura militar, que criticam os casos de corrupção no governo Dilma, que bom que eles possam falar porque, estamos todos em um regime democrático. No governo deles quem se atreveria a denunciar corrupção seria morto em praça pública! Imaginem alguém denunciar na ditadura militar o escandaloso super-faturamento da construção da Ponte Rio-Niterói, do ministro-coronel Mario Andreazza e principalmente, o maior escândalo no Brasil até hoje de super-faturamento, que foi o da construção da represa de Itaipu que consumiu cerca de 39 bilhões de dólares, o que dava para construir duas represas!
E naquele tempo o dólar era muito mais valorizado do que hoje! Mas como era uma ditadura sanguinária, ninguém podia denunciar nada porque na mídia os senhores ditadores vendiam uma imagem de “santos” e “super-honestos.” Se prendia, se torturava e se matava por muito menos do que isso! Acessem na internet o documentário do jornalista Flavio Tavares “O dia que virou 21 anos” com vídeos feitos pelo governo americano, onde tem até exigência do Lindon Johnson de que todos os partidários do João Goulart deveriam ser presos e surrados, logo após a sua derrubada! O sinal aberto para as perseguições, para cassações, prisões ilegais, para as torturas e mortes na ditadura militar no Brasil! Esse horror de perseguição, prisão e mortes do passado é que o PIG, militares filhos e netos da ditadura e os empresários traidores da pátria querem de volta para enriquecerem mais com a entrega da riqueza do Pré-Sal aos EUA e à União Européia. Já temos a relação das pessoas que de imediato serão, perseguidas, presas, torturadas e mortas. Veja a lista de Schindler do Augusto Nunes, jornalista da revista“Veja…”
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