Do Terra
O mais perto que a CIA chegou de matar o líder cubano Fidel Castro foi em uma tentativa de envenenamento em 1963 feita por mafiosos norte-americanos com uma pílula que deveria ser colocada dentro de seu milkshake de chocolate, disse um ex-chefe da inteligência cubana. Mas a cápsula ficou grudada no freezer em que estava escondida na cafeteria do hotel Havana Libre (ex-Hilton) e abriu, esparramando o veneno, quando o garçom assassino foi pegá-la.
"Foi quando a CIA chegou mais perto de assassinar Fidel", disse o general reformado Fabian Escalante, que comandava o Departamento de Segurança do Estado, em uma entrevista à Reuters nesta semana.
Fidel, que chegou ao poder na revolução de 1959 que transformou Cuba em um Estado comunista, sobreviveu a diversas tentativas de assassinato, desde emboscadas com carros até ataques com granadas em estádios de beisebol, disse Escalante.
Algumas das mais imaginativas tramas obscuras vieram da CIA (Agência Central de Inteligência), órgão de espionagem do governo norte-americano, disse ele. Entre as tentativas estão envenenamento de charutos, uma cápsula explosiva que seria colocada em sua localização subaquática de pesca favorita e uma roupa de mergulho com toxinas.
Nas primeiras tentativas atribuídas à CIA para tirar a credibilidade de Fidel está um plano para colocar substâncias químicas em suas botas que fariam sua barba cair quando ele estivesse em Nova York para falar na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1960.
Quando esse plano falhou, a CIA planejou colocar LSD em uma caixa de charutos de Fidel para que ele caísse na risada durante uma entrevista televisionada, disse Escalante, autor de um livro que documenta 167 tramas para matar o líder cubano. Mas foram os planos da CIA para envenenar Castro com toxinas, no começo dos anos 1960, que chegaram mais perto de dar certo.
A agência reconheceu pela primeira vez na semana passada que a trama para assassinar Fidel foi pessoalmente aprovada pelo diretor da CIA na época do presidente John Kennedy, Allen Dulles.
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