quarta-feira, setembro 19, 2012

Meu nome também é Lula



Eduardo Guimarães


Estando em pleno gozo de todos os direitos políticos e de todas as demais garantias individuais concernentes à cidadania brasileira, diante da campanha hedionda de difamação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ora promovida por seus adversários políticos (declarados e enrustidos), venho fazer uma declaração.

Acompanho a trajetória de vida do ex-presidente desde a campanha eleitoral de 1989. Dá quase um quarto de século. A cada dia desses 23 anos, com intervalos de nem uma centena de dias, se tanto, vi e ouvi todo tipo de acusação contra ele. Todo tipo que se possa imaginar.

Naquele 1989, os mesmos grandes meios de comunicação que hoje, após tanto tempo, continuam lançando acusações análogas às de outrora contra o ex-operário, chegaram a convencer o Brasil de que ele era mais rico do que o adversário Fernando Collor por morar em uma casa emprestada por um empresário.

Acompanhei a vida de Lula, desde então. Como tantos sabem, sobretudo seus inimigos, ele não enriqueceu com a política. Muito pelo contrário, seu patrimônio – sobre o qual seus adversários construíram tantas farsas – não é tão maior do que era quando disputou a primeira eleição presidencial, há 23 anos.

Lula poderia ter tirado quanto quisesse da política, se quisesse…

Ele nunca se desviou do caminho que aquele que acompanhou a sua vida sabe que era o que verdadeiramente perseguia, o de dar ao filho do “peão” oportunidades menos inferiores às dos filhos dos janotas empertigados que se julgam melhores do que o resto por terem um sobrenome de origem européia e um canudo de papel outorgado por uma universidade.

Esse homem, com sua instrução rudimentar, ainda na minha juventude fez com que eu, que estudei nas melhores escolas de São Paulo, pudesse entender que um país injusto como o Brasil não é bom para ninguém, e que só com a igualdade de oportunidades é que poderia fazer jus ao conceito fundamental de nação.

É inevitável fazer a analogia entre a luta de Lula contra legítimos impérios empresariais e as mais poderosas forças políticas – começando por uma ditadura – e o conto bíblico da vitória do jovem e franzino David sobre o poderoso gigante Golias. Afinal, Lula venceu um gigante monstruoso. E venceu três vezes.

Dirão que construí, para mim, uma imagem romanceada de um político como qualquer outro. Mais uma vez provo que estão errados. Tenho todas as justificativas racionais do universo para dizer que Luiz Inácio Lula da Silva jamais traiu a minha confiança. O poder não o mudou e ele cumpriu todas as promessas que me fez ao fazê-las a todos os cidadãos.

Lula fez seu povo – como ele mesmo diz, os feios, os desprezados, os pobres e desesperançados – melhorar de vida como jamais ocorrera e alçou o Brasil a uma era de ouro. E o principal: devolveu a auto-estima aos brasileiros.

Agora, querem se vingar das derrotas acachapantes que Lula lhes impôs. Querem macular seu legado com acusações farsescas, irresponsáveis, criminosas. Querem, se possível, vê-lo encarcerado, pois foi sempre isso que fizeram com adversários políticos desde que atiraram o país em uma ditadura sangrenta.

Pois se essa afronta prosperar, dividirei, orgulhosamente, o banco dos réus com o ex-presidente. E serei acompanhado por milhões. Mas como só posso falar por mim, juro que, se Lula for a um tribunal, estarei ao seu lado. E quando lhe perguntarem o nome, levantar-me-ei e direi que o meu também é Lula.

Comentário E & P

Grande texto do Eduardo Guimarães! Eu também me levantarei e direi que me chamo Luis Inácio Lula da Silva! Sei o quanto o Brasil mudou por causa desse operário. A minha militância política quando ainda estudava o curso de técnico em artes gráficas no Senai em 1982 começou por causa da liderança de Lula no ABC e da fundação do Partido dos Trabalhadores. Nesse tempo, não só eu, mas minha família inteira começamos a ter Lula como um parente. Foram inúmeras as vezes em que briguei porque alguém falou mal do Lula, reproduzindo a imprensa corrupta brasileira. Estive na campanha de 1982 em que Lula foi candidato ao governo de São Paulo, em 1986, quando fui um das centenas de milhares que votaram nele para deputado constituinte.

Em 1989, de novo eu estava nas ruas fazendo a campanha presidencial, assim como em 1994 e em 1998. Finalmente em 2002 não deu outra, a primavera chegou com a eleição de Lula à presidência. Estive nas fileiras da rua e na internet defendendo o governo em 2005 e em 2006 também participei ativamente da reeleição. Em 2007 estive em Brasília para assistir a segunda posse. Nesse período que culminou com a eleição da presidenta Dilma, em que trabalhamos muito contra a mentira da Globo, Folha, Veja e Estado, junto com os representantes dos Estados Unidos no Brasil, o PSDB, capitaneado pelo entreguista Efeagácê e José Chirino Serra.

Serra até hoje não explicou como conseguiu sair do Chile, no golpe contra Allende em 1973, entrar nos Estados Unidos e estudar em Cornell, uma das universidades mais caras dos esteites. Muito da história do Serra é nebuloso, assim como os interesses que ele representa, que não são os mesmos do povo brasileiro.

A partir de 2003, o Brasil passou por uma verdadeira revolução social. Tiramos mais de 23 milhões de pessoas e quarenta milhões entraram na classe média. Colocamos mais de um milhão de jovens carentes para fazer curso universitário no PROUNI, criamos mais de 16 milhões de empregos, triplicamos o salário mínimo, de devedores do FMI, passamos a credores, baixamos os juros reais a menos de 2% ao ano, estamos recuperando a infraestrutura do país, somos respeitados por todos os povos do mundo, deixamos de ser colônia dos Estados Unidos e da Europa, o Brasil hoje é um outro país, estamos construindo dois milhões de casas para reduzir um terço do déficit habitacional,enfim, o Brasil começa a implantar um projeto nacional de desenvolvimento com autonomia.

É isso que eles acabar, o Efeagácê quer de novo ser agarrado por trás por Clinton como naquela foto em que clinton o agarrava, quando presidente do Brasil, e ele sorria, devia estar feliz, representando todo o seu servilismo! Os Estados Unidos é quem pautam a Globo, Folha, Veja e Estado e farão de tudo para que o povo brasileiro não tenha uma vida melhor, pois não interessa a esse país, eles querem que o Brasil seja uma reserva de recursos naturais para eles explorarem. Eles tem no PSDB o seu braço político, para tentar reduzir o nosso país a uma colônia sem futuro com um povo pobre, explorado e humilhado. Os servos dos Estados Unidos, tendo na proa Fernando Henrique Cardoso acham que são modernos, mas há 500 anos que os seus antepassados servem a esses interesses, agem do mesmo jeito.

Por isso tentam destruir o Partido dos Trabalhadores que colocou o povo na política e o maior ícone da política brasileira, Luis Inácio Lula da Silva e todo o simbolismo de brasilidade e soberania que ele representa para o nosso povo. Devemos ter em conta que o futuro do Brasil como país e do seu povo está em jogo.

Estamos num daqueles momentos decisivos da história em que um país se tornam nação ou será apenas um simulacro.

O nosso povo merece continuar melhorando de vida com democracia e liberdade, por isso, somos todos LULA!

Evaristo Almeida

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