O objetivo deste blog é discutir um projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil. Esse projeto não brotará naturalmente das forças de mercado e sim de um engajamento político que direcionará os recursos do país na criação de uma nação soberana, desenvolvida e com justiça social.
segunda-feira, julho 23, 2012
Era dos títulos públicos com retorno superior a 10% está acabando
Por João Villaverde e Thiago Resende | Valor
BRASÍLIA - A era dos títulos públicos com rendimento anual de dois dígitos está acabando. Segundo o coordenador-geral de operações da dívida pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, “todos os papéis estão sendo vendidos com rendimento abaixo de 10% ao ano”, num movimento impulsionado pelos sucessivos cortes na taxa básica de juros, a Selic, que indexa títulos pós-fixados (como a LFT) e serve de referência para o rendimento de papéis prefixados.
Nos últimos dois meses, o Tesouro tem oferecido papéis com rendimentos cada vez menores. A LTN (papel prefixado) com vencimento em janeiro de 2016 foi negociada pelo Tesouro Nacional a uma taxa de juros média de 9,47% ao ano, no leilão realizado em 1º de junho, e 9,19% ao ano no leilão de 29 de junho. No leilão mais recente do Tesouro, na semana passada, este mesmo título foi negociado a uma taxa média de 8,84% ao ano.
Outro exemplo é o NTN-F, também com rendimento prefixado, que viu sua taxa média de juros cair de 10,8% ao ano, no leilão realizado em 5 de junho, para 9,66% ao ano, na semana passada.
Para Garrido, os investidores estão “migrando” de papéis indexados à Selic, cujo rendimento é cadente, para títulos públicos indexados à índices de preços e com taxas de juros prefixadas.
(João Villaverde e Thiago Resende | Valor)
Comentário E & P
E com isso também estã acabando com uma das principais formas de locupletação da subelite brasileira, que tinha no juro estratosférico seu mantra e forma de ganhar dinheiro fácil. Os juros altos distorcem a economia brasileira, pois ao invés de se investir na produção de bens e serviços, fica mais fácil comprar títulos do governo e ganhar um retorno que nenhum país do mundo, em condições normais oferece. Por isso a grita quando o Banco Central começou de forma inexorável a baixar os juros. Os jornais Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e a Globo se colocaram contra, dizendo que era uma opção política e não técnica. Agora se está vendo que eles estavam era defendendo os seus ganhos financeiros, às custas do povo brasileiro. Dinheiro que deveria ter ido para a educação, mobilidade urbana, segurança e saúde, foi parar nos bolsos da 20.000 famílias mais ricas do país e se transformaram em ferraris, bmws e outros brinquedinhos da subelite brasileira (não tem projeto de nação). Dessa forma os juros altos distorcem a distribuição de renda, pois tributa os mais pobres, que pagam proporcionalmente mais impostos, para via, juros altos, passar aos mais ricos. Com o dinheiro economizado com o pagamento de juros á subelite, o governo vai poder investir mais no país.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário