quinta-feira, março 03, 2011

PIBÃO DO LULA - Brasil é sétima economia do mundo, diz Mantega


Segundo o ministro da Fazenda, considerando o poder de compra após o resultado do PIB, o Brasil superou a França e o Reino Unido

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre, na comparação com o terceiro trimestre, indica que a economia não está superaquecida. “No quarto trimestre crescemos 0,7%, com uma despesa pública negativa em 0,3%. Isso indica que economia não está superaquecida e que a poupança de 2011 crescerá mais do que a de 2010”, destacou o ministro.

No ano, o PIB teve expansão de 7,5%, na comparação com 2009, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “[O crescimento] de 7,5% é muito, mas é um momento excepcional por causa da crise, já estamos agora num patamar de 5% a 5,5%”, acrescentou Mantega.

Segundo o ministro, o resultado de 2010 coloca o Brasil entre os cinco países que mais cresceram no período, ficando atrás da China, da Índia, da Argentina e da Turquia. “Se considerarmos o PIB a preços de paridade e poder de compra, em conta ainda não oficial, a ser feita pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] ou pelo Banco Mundial, atingimos um PIB de R$ 3,6 trilhões, o que nos coloca em sétimo lugar, superando a França e o Reino Unido”, disse, em entrevista coletiva para comentar os números divulgados pelo IBGE.

Em economia, a paridade do poder de compra ou paridade do poder aquisitivo é um método alternativo à taxa de câmbio para se calcular o potencial de compra de dois países. Esse mecanismo é utilizado para calcular quanto é que uma determinada moeda, como por exemplo o real ou o dólar, pode comprar em termos internacionais. Por esse parâmetro, uma mesma cesta de bens em países diferentes, por exemplo no Brasil e nos Estados Unidos, deve ter o mesmo preço quando medida na mesma moeda.

O crescimento anual, segundo o IBGE, deve-se à baixa base de comparação no ano anterior, quando o PIB registrou queda de 0,6%, influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional.

O IBGE destacou que a formação bruta capital fixo cresceu 21,8%; o consumo das famílias, 7%; e o do governo, 3,3%. De acordo com o instituto, o PIB da indústria teve expansão de 10,1%, e o setor foi o ramo da economia que mais cresceu no ano passado. O PIB agrícola registrou elevação de 6,5% e o de serviços, de 5,4%

O Produto Interno Bruto representa o total de riquezas produzidas no país e é usado para dimensionar o tamanho da economia nacional. Para calcular o PIB, o IBGE utiliza os resultados de pesquisas do próprio instituto ao longo do ano, em áreas como agricultura, indústria, construção civil e transporte.

(Com Agência Brasil)

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