segunda-feira, agosto 06, 2012

Humor Confirmado: Mídia brasileira rasga dinheiro

Gráficos extraídos de Venezuela no Mercosul anima indústria, na Folha, 04.08.2012 Do Viomundo por Luiz Carlos Azenha O mundo em crise econômica. A China avançando sobre mercados brasileiros. E a mídia nativa quer que o Brasil abra mão de crescer em mercados nos quais o país tem imensa vantagem comparativa em relação a concorrentes, entre outros motivos por causa da geografia. É ou não rasgar dinheiro? Dois dias antes de publicar os gráficos, a Folha martelou, no editorial Sem Rumo no Mercosul: “Celebrada pelo governo brasileiro como uma ‘nova etapa’ do bloco comercial, a precipitada incorporação da Venezuela ao Mercosul, concretizada anteontem, seguiu a lógica estreita da afinidade ideológica e das políticas erráticas que têm impedido o aprofundamento da integração comercial sul-americana”. Já o Estadão, em O desmonte do Mercosul, escreveu: “O ingresso da Venezuela de Chávez nada acrescenta, economicamente, à cambaleante união aduaneira. Do ponto de vista diplomático, a presença do chefe bolivariano será mais um entrave a negociações com parceiros relevantes, como os Estados Unidos e a União Europeia. Será, igualmente, um complicador adicional em discussões de alcance global. Neste momento, já é um fator de desagregação”. Pura coincidência: a linha dos dois jornalões paulistas combina com os objetivos estratégicos dos Estados Unidos, cuja propaganda, promovida de forma aberta ou clandestina, ora mata Hugo Chávez, ora o acusa de envolvimento com o narcotráfico, ora diz que ele é o grande mentor das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) — com esta última acusação, aliás, nem mesmo o governo da Colômbia, que deveria ser o maior interessado, concorda! Quem entrou no Mercosul não foi Hugo Chávez, mas a Venezuela. O presidente venezuelano é passageiro. Porém, os jornalões paulistas usam, eles sim, a ideologia, para adotar uma postura que contraria os interesses econômicos e estratégicos do Brasil. A quem interessa afastar Brasil e Venezuela, se a adesão do país caribenho ao Mercosul é vantajosa para empresas brasileiras? Aos Estados Unidos, com certeza, que querem para si controle exclusivo de um mercado que o Brasil crescentemente vai ocupar. Isso, sim, podemos chamar de “afinidade ideológica, comercial e estratégica” com Washington. E a Folha ainda tem coragem de escrever na capa que é um jornal “a serviço do Brasil”. Concordamos: de um ‘certo’ Brasil. Comentário E & P Esse texto mostra cabalmente que a Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo não estão a serviço dos interesses e do povo brasileiro. Como subelite eles representam a secção instalada no Brasil a serviço dos interesses dos Estados Unidos. O alinhamento automático aos esteites dá à subelite a prerrogativa de explorar o seu povo junto com as empresas transnacionais dos países dos quais são vassalos. No Brasil se locupletaram com as privatizações danosas ao país, conforme é relatado no livro A Privataria Tucana, assim como os ganhos nos juros altos no governo fantoche do efeagácê; na Venezuela, antes do presidente Hugo Chávez,se locupletavam com os recursos do petróleo, que não chegavam ao povo, no Egito, a subelite local montou uma ampla rede de corrupção, baseado num governo fantoche do Mubarack, que ainda recebia ajuda militar dos Estados Unidos. É para isso que a imprensa brasileira se presta contra os interesses do seu próprio povo.

Nenhum comentário: