terça-feira, março 30, 2010

“PM embarcou em Osasco no ônibus dos professores; é um P2″



Será que esse indivíduo não estudou em escola pública?

Isabel Azevedo Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) recebeu nesta segunda-feira, logo cedo, uma ligação de um colega da subsede de Osasco: “Aquele rapaz que socorreu a policial é um professor daqui da cidade. Nós vamos encontrá-lo, para esclarecer tudo isso”.

Diretores de subsede da Apeoesp de Osasco passaram a manhã e a tarde investigando. Lembravam-se de tê-lo visto em Osasco em meio aos professores. Conferiram listas dos que vieram para a assembleia da sexta-feira, 26 de março, no Palácio dos Bandeirantes. Conversaram com muitos colegas.

No começo desta noite descobriram que o suposto professor é um policial militar do serviço reservado (ou secreto) da Polícia Militar paulista. É um P2, como são chamados.

A caráter para não levantar suspeitas (garotão barbado, jeans, mochila nas costas), o jovem policial infiltrado embarcou no ônibus dos professores de Osasco, como se fosse um deles. Daí o pessoal da subsede de Osasco ter achado inicialmente ele que era um colega.

A descoberta da Apeoesp derruba três versões oficiais da PM paulista.

A primeira, no sábado, a Terra Magazine, de que o PM não-identificado “era um dos policiais da região, que estavam empenhados na operação” .

As outras duas são de hoje. Ao Viomundo, disse que o policial militar à paisana “estava no local”. A Terra Magazine, informou que ele estava “passando” pela manifestação.

Aos poucos a verdade sobre a foto famosa da manifestação dos professores vai se revelando. Mas ainda há muitas perguntas sem respostas. Por exemplo, qual era a missão dele na assembleia dos professores? Levantar informações sobre o andamento do movimento? Fazer provocação? Ou o quê? A mando de quem? Qual a intenção? Criminalizar a Apeoesp?

“A partir dessa noite uma das hipóteses que passamos a considerar é a de armação para sensibilizar a sociedade e jogá-la contra os professores”, lamenta a presidente da Apeoesp. “A figura da policial feminina, frágil, indefesa atacada por nós, professores, uns bárbaros. Curiosamente o capacete dela está direitinho. A roupa alinhada, como se tivesse saído da lavanderia. Para quem levou uma paulada, como disse a PM, é estranho. Os dois muito arrumadinhos, ajeitadinhos…Esquisito demais. ”

“O fato é que seremos mais rigorosos na fiscalização de quem entra nos nossos ônibus ”, cogita Isabel Noronha. “Talvez passemos a exigir o holerit, para ter certeza de que aquela pessoa é professora mesmo e essa história não se repita.”

por Conceição Lemes



COMENTÁRIO E & P

Em qualquer país do mundo em que a imprensa não esteja comprada e seja parte de um projeto ideológico mercantil de um governo que só destruiu o Estado de São Paulo iria exigir a renúncia do governador. José Serra virou o ditador de São Paulo. a imprensa não repercutirá o fato dele ter mandado policiais à paisana para causar tumulto e depois jogar a culpa nos professores. Serra deveria ser destituído do governo. Mas o Estado vive em exceção, o governador pode tudo, que será blindado pela mídia e não será questionado pelo Ministério Público do Estado. É isso que os tucanos e elite paulista querem para o país? Um governo incompetente, fadado em factóides e mentiras que só prejudicam o cidadão paulista?

Será que esse indivíduo, que recebe dinheiro como policial para proteger o cidadão, não estudou em escola pública? Com seu salário como P2 ele pode manter seu filho numa escola particular ou um dos professores que estava nessa manifestação pode ser o mesmo que leciona para seu filho? Ele tencionava assim como as SS nazistas provocar tumulto para dar motivo para a Polícia Militar reprimir os professores?

Serra depois de copiar os métodos de goebbels na imprensa agora quer continuar usando os demais métodos de Hitler?

É vergonho, perceber essa degeneração da civilização brasileira. É ISSO.

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