Sinais de aquecimento
O grau de utilização da capacidade instalada na indústria, no começo de 2007, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, alcançou 85,6%, o mais alto registrado em 30 anos.
A produção de máquinas cresceu 6,6%, nos últimos doze meses, o dobro do crescimento da economia como um todo no mesmo período e a perspectiva é de uma expansão setorial de 8% no ano.
De acordo com sondagem da Fiesp, três quartos da indústria paulista aumentarão ou manterão os investimentos em 2007.
Os investimentos diretos estrangeiros estão crescendo em ritmo inesperadamente alto neste início de ano, permitindo projetar um volume superior a US$ 20 bilhões ao longo de 2007. Nos últimos doze meses, com um ingresso de US$ 34,4 bilhões, praticamente igualaram o recorde do período áureo das privatizações, entre 1999 e 2001.
O crédito e, principalmente, o crédito para as famílias, está em franca expansão. O crédito como um todo já passa do equivalente a um terço do PIB, quando nem chegava a um quarto há menos de cinco anos. E o crédito consignado já alcança R$ 50 bilhões.
Alguns setores da economia começam a viver um momento de pressão de demanda, coisa que não se via há algumas décadas. No mercado de automóveis, por exemplo, há filas e começa a haver ágio.
Turbulências na economia internacional e uma ação deliberada do Banco Central, como ocorrido em 2005, podem furar e reverter a tendência. Mas que há sinais de aquecimento e eles estão pipocando a cada dia com mais nitidez, isso lá é um fato.
Não custa ficar de olho.
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