O objetivo deste blog é discutir um projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil. Esse projeto não brotará naturalmente das forças de mercado e sim de um engajamento político que direcionará os recursos do país na criação de uma nação soberana, desenvolvida e com justiça social.
sexta-feira, junho 03, 2011
Um projeto de país feito pelo povo brasileiro
O Brasil que cresce, que se desenvolve, que é capaz de produzir sondas e plataformas e de se tornar referência internacional na indústria naval deve ser o mesmo país que acolhe sua população pobre e que promove a inclusão social e o fim da miséria. Durante a cerimônia de batismo da Plataforma P-56 da Petrobras, nessa sexta-feira (3/6), em Angra dos Reis (RJ), a presidenta Dilma Rousseff lembrou do potencial de superação do povo brasileiro – que mostrou ser capaz de alavancar a indústria naval – e fez um chamamento para que essa mesma força e capacidade de crescimento sejam usados para acabar com a miséria no país.
A presidenta Dilma citou o Plano Brasil sem Miséria, lançado ontem em Brasília, como um fator de crescimento para o país. Afinal de contas, lembrou ela, os 28 milhões de brasileiros que saíram da pobreza no governo do presidente Lula foram diretamente responsáveis pelo crescimento econômico do Brasil, uma vez que se tornaram consumidores e geradores de riqueza.
“Nós provamos que é possível construir plataformas no Brasil; nós provamos que é possível construir sondas no Brasil; nós provamos que é possível construir os equipamentos e prestar o serviço que a Petrobras precisa para explorar o pré-sal. Assim como nós provamos isso, nós provamos também que esse país cresce quando cresce a população, quando ela tem trabalho, quando ela tem dignidade, tem autoestima e tem cabeça erguida para seguir em frente”, disse.
Em seu discurso, a presidenta falou que os R$ 78 bilhões investidos pela Petrobras no ano passado foram responsáveis pela geração de emprego, renda, comida na mesa do povo brasileiro, mais crianças nas escolas e de garantia de uma vida descente para milhões de cidadãos. Antes do aquecimento da indústria naval, lembrou a presidenta, grande parte desse dinheiro ia para fora.
Dilma Rousseff lembrou que a ideia de trazer para o país esses investimentos surgiu no governo do ex-presidente Lula, enquanto ela ainda era ministra. “Foi muito difícil”, continuou, “pois diziam que a gente não era capaz de produzir casco de navio, de montar plataformas e de construir e fornecer equipamentos para a Petrobras”. E o Brasil que não produzia sonda, navios e plataformas passou a produzir – comemorou.
“Hoje vocês podem olhar para tudo isso e dizer que nós conseguimos, fomos capazes e fizemos”, frisou.
A presidenta reiterou seu compromisso com a indústria naval e disse que o próximo passo é investir na indústria de navipeças, ou seja, “que aqui no Brasil se produza cada peça das plataformas”. Para isso, disse contar com a parceria dos empresários que certamente encontrarão no país um mercado de crescente demanda.
“O Brasil mudou e vai continuar mudando. Nós vamos continuar gerando muitos empregos, nós vamos continuar fazendo os programas que levaram esse país a um nível de desenvolvimento que é um exemplo para o mundo (…). Viva os trabalhadores da indústria naval!”, despediu-se.
COMENTÁRIO E & P
Como a política define a economia. Se fôssemos apenas nos mover de acordo com o mercado, como os neoliberais acreditam, essa plataforma teria sido feito provalvemente num país asiático. Foi a mudança de governo a partir de 2003 com a ascensão do Partido dos Trabalhadores que possibilitou a mudança de paradigma. Países que leram a cartilha de Smith escrita no século XVIII e ou de Ricardo no XIX, ficaram à deriva. Não se desenvolveram, não distribuiram renda e a população paga diariamente pela aposta errada da sua elite. A Inglaterra, os Estados Unidos, o Japão e a Europa que não é boba, implantaram projetos nacionais de desenvolvimento. Eles criaram o mercado de acordo com os interesses nacionais. O Brasil se desenvolveu mais quando a partir de 1930 partiu para a carreira solo e impôs um projeto de nação. Quando esse projeto entrou em colapso, primeiro por causa da crise da dívida externa e depois pela teologia neoliberal dos tucanos, o Brasil não cresceu. Virou um país famigerado, com aumento das desigualdades, da violência, do consumo de drogas. O FMI, Banco Mundial, OCDE, escolas estadunidenses de economia, pregaram que o Brasil não precisava de um projeto nacional, era só entrar na globalização, que a riqueza viria automaticamente, regidas pelas forças de mercado. Esses instituições adestraram economistas brasileiros em suas escolas, compraram a imprensa nacional que martelou e continua martelando as mesmas teorias fajutas, que não deram certo em lugar nenhum. A economia é forjada na política. Com o PSDB o Brasil conheceu o atraso, aderiu a teses econõmicas erradas e pagou um preço pesado por isso, principalmente a população de menor renda. Com o PT, o país cresce acima de 4% ao ano, cresce o nível de emprego, de renda e de igualdade. É esse projeto nacional que pode colocar o Brasil entre as economias mais desenvolvidas do mundo e seu povo com cada vez mais melhor qualidade de vida. O destino dos homens está na política.
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