sexta-feira, abril 01, 2011

“Mercado”, PiG e tucanos querem juros na veia


Pessoa é um fiscal de rótulos


Aparentemente, o PiG (*) se cansou dos “especialistas” da Era FHC que dizem o mesmo sempre: José Barros e Luiz Mendonça, por exemplo.

Entrou em moda o Samuel Pessoa, que diz sempre o mesmo.

Além do mais , o professor Pessoa parece um fiscal de rótulos, aqueles que vigiam as gôndolas do super-mercado para garantir a correta exposição dos fornecedores.

Pessoa assessora o PSDB, mas o PiG omite essa irrelevante circunstância quando o identifica.

O professor aparece hoje no Brasil Econômico e no Estadão para fiscalizar o rotulo “desenvolvimentismo”.

Não se trata do conceito de Celso Furtado, porque o professor Pessoa não ousaria tanto.

Ele prefere criticar o “desenvolvimentismo” da JK de saias, mas não se refere também ao celebrado governo JK, porque não cairia bem no PSDB de Minas.

Ele diz que o rótulo “desenvolvimentista” da Presidenta cabia no Governo Geisel.

O que quer dizer tudo isso, amigo navegante ?

Que Pessoa quer juros na veia para combater a hiper- inflação que nos assola.

Ele, o PiG, os banqueiros et pour cause, o PSDB.

“O BC parou de olhar as expectativas do mercado para apostar em medidas macroprudenciais” , diz ele.

Vamos à tradução .

Parou de olhar as expectativas de mercado – é tudo o que o “mercado” não quer. O “mercado” dizia que taxa queria ao PiG, transformava o pleito em ” Ciência” na pesquisa Focus do BC e o BC fazia o que o mercado queria. Era a sopa no mel (gôndola de “adoçantes”).

O BC da Dilma passou a adotar “medidas macroprudenciais” – O BC da Dilma chama de “macro-prudenciais” providencias que os Medici conheciam quando administraram uns banquinhos em Florença. Compulsório, relação capital próprio – empréstimos – enfim, muita coisa além de juros na veia. (“Veia”? Gôndola de “carnes”.)

O Pessoa, o PiG, o PSDB et pour cause, os bancos estão uma fera.

Primeiro, porque perderam a capacidade de fixar os juros que queriam.

Através do PiG e da Focus.

E, com isso, em segundo lugar, perderam o rumo de casa.

Os economistas dos bancos, as consultorias, os Mendonças e os Barros, os colonistas (**) do PiG perderam a bola de cristal.

E essa bola de cristal não é de cristal, amigo navegante.

Essa bola é de ouro maciço !

Em tempo: diz a Folha (***) que o programa do PSDB na tevê vai tratar dos juros, da inflação e do desenvolvimentismo. Recomenda-se não esquecer do câmbio, das APAES nem do aborto, para agradar o Cerra.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Fonte: Conversa Afiada

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