Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 751
. O Brasil é uma pré-democracia (*), mas todo mundo pode dizer o que quer.
. Mas, não pode usar a o logotipo do Governo para falar mal do Governo.
. Seria o mesmo que a Miriam Leitão falar mal da Globo no “Bom (?) Dia Brasil”.
. O economista Fabio Giambiagi é vinculado politicamente ao presidente eleito José Serra.
. O economista Fabio Giambiagi quer fazer uma reforma da Previdência Social parecida com a do Chile, aquela que o Farol de Alexandria, pelas mãos de André Lara Resende, quis montar no Brasil e os eleitores chilenos – de Bachelet – repudiaram nas urnas.
. O economista Fabio Giambiagi é favor de cortar os gastos e reduzir impostos – itens obrigatórios da agenda neo-liberal.
. O economista Fabio Giambiagi pode pensar o que quiser e escrever o que quiser.
. Mas, não pode usar o logotipo do IPEA ou do BNDES (do qual é funcionário) para falar mal do Governo.
. O economista Fabio Giambiagi é o “talking head” predileto do PIG, quando se trata de falar mal dos gastos da Previdência.
. Tem uma cadeira cativa na CBN e na Globo.
. Está ótimo.
. Só que não pode usar a bandeira do BNDES ou do IPEA.
. Precisa se licenciar dos dois, deixar o Governo e, só então, descer a lenha no Governo.
. Vamos supor que o economista Fabio Giambiagi volte para o IPEA.
. Vamos supor que o economista Fabio Giambiagi resolva fazer um estudo sobre o desperdício na compra de ambulâncias pelo Ministério da Saúde, no Governo FHC.
. E quando o presidente eleito José Serra tomar posse – ele vai dar entrevista sobre o assunto ou publicar artigos sobre o tema ?
. O presidente do IPEA, Marcio Pochmann, acabou de dar todos os motivos para explicar a saída de Giambiagi.
(Clique aqui para ler)
. Não se trata de um “expurgo” político, segundo Pochmann.
. Não é expurgo, não.
. O problema do economista Fabio Giambiagi é uma questão de pudor – ou simancol.
(*) Em que democracia do planeta uma única rede de televisão tem 75% da verba publicitária da indústria da televisão ?
Obs: A economia é uma ciência que mata de forma que não aparece. A única diferença entre os grupos de extermínio nas periferias das grandes cidades brasileiras e o que defende o Giambiagi é que esse provocaria morte e sofrimento no país inteiro, só que não apareceria, pareceria como coisa do destino. E isso principalmente nos menores municípios em que os aposentados contam com o benefício para sobreviverem. A pretensa "ciência" defendida por Giambiagi é tão verdadeira como os motivos encontrados por Bush para invadir o Iraque.
Evaristo
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