Os coxinhas dizem que querem o país deles de volta.
De que país eles estão falando?
Para devolver o Brasil à condição que eles querem, é preciso:
Jogar 36 milhões de pessoas na miséria, os mesmos que nós do PT tiramos,
Fazer retroceder para as classes E e D, os 40 milhões que nós colocamos na classe
C.
Duplicar o número de desempregados;
Tirar 70% do valor real do salário mínimo,
As pessoas mais pobres devolverem os milhões de automóveis e bens duráveis que compraram de 2003 a 2016;
Destruir os dois milhões de moradias que construímos;
Acabar com as cotas para negros nas federais, o ProUni, o FIES e fechar 18 novas universidades federais;
Para devolver aquele país idílico com que sonham os coxinhas, é preciso, ainda:
Aumentar o índice de Gini, com a desigualdade social ficando maior;
Reduzir em 10 anos a expectativa de vida do povo brasileiro, que quando pegamos era de 65 anos e passou para 75;
Aumentar a mortalidade infantil, principalmente nos Estados mais pobres, onde a reduzimos drasticamente;
Proibir pobre de andar de avião, tirando os dos aeroportos e os pondo nas rodoviárias.
No país dos sonhos dos coxinhas:
O Bolsa Família deverá ser extinto, pois na cabeça deles o programa incentiva a vagabundagem e o aumento de filhos;
O dólar deve ser baixo, mesmo quebrando as indústrias nacionais, a prioridade será preservar o direito sagrado dos coxinhas irem para Disney, ou Miami, comprarem quinquilharias;
No Brasil dos coxinhas:
Teríamos de desmontar 2 mil quilômetros de ferrovias que construímos nos últimos 13 anos;
Esburacar as rodovias brasileiras como estavam em 2002, ninguém se importava com o estado delas e as mortes que causavam;
Destruir todos os milhares de quilômetros de rodovias que duplicamos, pavimentamos e readequamos;
Fazer os nossos aeroportos que foram ampliados e modernizados retrocederem para o século XX;
Que saudade do país ideal dos coxinhas, em que:
Quem mandava no Brasil eram os Estados Unidos e o FMI;
O Brasil era um anão diplomático;
Não existia os BRICS;
Presidente brasileiro vivia de joelhos e de pires na mão perante a comunidade internacional;
Ministro tirava sapatos para entrar nos Estados Unidos, suspeito de ser terrorista;
Que bom o mundo dos coxinhas!
A corrupção era de 3,8% do PIB e não 0,8% da atual e que continua sendo combatida diuturnamente;
Havia o engavetador geral para esconder a corrupção do governo;
A mídia fazia parte do esquema e escondia todas as falcatruas;
Empresas estatais eram vendidas a preço de banana, com gordas comissões para integrantes do partido do governo;
Os coxinhas querem o país deles de volta, mas que país é este que eles querem resgatar, junto com Sérgio Moro e Globo?
O país da desigualdade, da corrupção, da fome, do desemprego, da violência e da falta de perspectiva de futuro?
Um país vassalo dos Estados Unidos, que ficaria com o pré sal para tornar os irmãos Koch mais ricos?
Um país onde as taxas básicas de juros chegaria a 45% ao ano?
Para quem esse país do passado serviu?
Aos mais pobres e necessitados? Não.
Era uma plutocracia, onde a empregada doméstica não tinha nenhum direito trabalhista.
Pobre não tinha direito a frequentar uma universidade.
Quem sabe nessa onda reformista dos coxinhas eles não queiram até restaurar a escravidão?
Ou a volta da prisão, tortura e assassinato para quem não seja coxinha, como era em período recente da história brasileira?
O país sonhado pelos coxinhas é um paraíso para eles e um inferno para o povo brasileiro.
Coxinhas querem privilégios, a barbárie, a inquisição e uma ditadura conduzida por Moro, Bolsonaro e Globo.
Evaristo Jararaca
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