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terça-feira, julho 23, 2013
EUA proíbem divulgar latinos que fizeram Escola do Terror
Da Redação GGN
Jornal GGN – A SOA Watch, organização que vigia e denuncia irregularidades na antiga Escola das Américas (SOA em inglês), atualmente denominada Instituto de Cooperação e Segurança do Hemisfério Ocidental (WHINSEC em Inglês), liberou um comunicado informando que o governo dos Estados Unidos recorreu da decisão da juiza Plyllis J. Hamilton, que obrigava a WHINSEC a divulgar o nome dos soldados latino-americanos que receberam treinamento nas suas instalações.
Segundo a SOA Watch só a decisão de apresentar apelação e já “desmascara” o discurso do presidente Obama, que afirmava que seria o governo mais transparente da história. O comunicado afirma que a SOA Watch e as organizações de Direitos humanos seguirão lutando contra a negativa do governo de fornecer informações e contra o segredo que rodeia a Escola.
“O Pentágono sabe que a entrega dos nomes dos que recebem treinamento na academia militar levaria a mais revelações das atrocidades que se são cometidas. O pentágono está lutando para manter essa informação em segredo”, afirmou o fundador da SOA Watch, o padre Roy Bourgeois.
Torturas, extorsão e execução
Em 1996 a Escola das Américas ganhou destaque quando o Pentágono publicou manuais de treinamentos usados na academia militar que recomendavam aos soldados aplicar tortura, extorsão e execução. Centos de alunos da antiga SOA foram acusados de violações aos direitos humanos e na formação de esquadrões da morte.
Entre os alunos que frequentaram a Escola das Américas estão 11 ditadores, entre eles Jorge Videla da Argentina, Hugo Banzer da Bolívia, o general Ríos Montt da Guatemala. Graduados da SOA lideraram o golpe de Estado na Venezuela em 2002 e o golpe de Estado em Honduras em 2009; outros seguem participando do comando das forças armadas na Colômbia, México e em outros países da América Latina.
O caso agora vai para a Corte de Apelações do Nono Circuito, um tribunal federal dos EEUU, com jurisdição de apelação sobre o Distrito Norte de Califórnia. A SOA Watch pedirá à Corte a defensa do valor da transparência e o direito do público a conhecer a lista de soldados que recebem treinamento do Exército dos Estados Unidos.
Dia 9 de agosto serão realizados jejuns e ações em comemoração aos 30 anos da primeira ação contra o treinamento de soldados latino-americanos em território estadunidense.
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