quinta-feira, outubro 27, 2011

Cerca de 700 pessoas se reúnem em prol da CPI das Emendas


O Ato pela CPI da Venda das Emendas reuniu cerca de 700 pessoas na Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira (27/10). O ato foi promovido por diversos movimentos sociais, sindicatos e centrais sindicais, além dos partidos PT, PCdoB, Psol e PDT.

Representantes dos movimentos sociais entregaram aos deputados que chegavam à Assembleia manifesto a favor da CPI, solicitando que assinassem o pedido.

No carro de som em frente à Assembleia e no plenário, deputados e manifestantes insistiram sobre a importância dessa CPI.

A líder comunitária Miriam, que esteve em uma reunião do conselho de Ética e quase foi proibida pelos governistas de entregar um requerimento ao presidente, afirmou que foi chamada naquela ocasião de impertinente. “Somos impertinentes por que queremos transparência? O povo impertinente hoje está aqui, na rua no plenário. O povo impertinente não admite corrupção”.

O deputado Simão Pedro disse que a CPI tem um poder maior, inclusive, do que o Conselho de Ética. “Poderemos quebrar sigilo telefônico, bancário, convocar os envolvidos. Quem não deve não teme”, afirmou Simão.

O deputado Edinho Silva ressaltou a organização popular: “Os movimentos sociais aqui presentes defendem a democracia, e a democracia só é forte quando o Poder Legislativo é forte. Um Poder Legislativo sob suspeita, como se encontra hoje, é fraco, não representa o povo, não fiscaliza o executivo”.

O deputado Hamilton Pereira fez um resgate da força dos movimentos sociais, desde as Diretas Já, Constituinte, impeachment do Collor, eleição do Lula. “E fazia tempo que esse plenário não recebia tanta gente”.

O líder da Bancada do PT, deputado Enio Tatto, fez questão de ler em plenário os nomes de todos os deputados que assinaram o pedido de CPI.

A Bancada do PT elaborou o pedido da CPI. Até o momento, 30 parlamentares assinaram, mas para que o pedido seja protocolado são necessários 32 signatários. Todos os 24 deputados do PT assinaram, além dos deputados Major Olímpio, Carlos Giannazi, Pedro Bigardi, Leci Brandão, Afonso Lobato e, mais recentemente, Roque Barbiere.

Este último é o autor das denúncias sobre suposto esquema de vendas de emendas parlamentares que culminaram com a instalação do Conselho de Ética da Casa, o qual a base governista tenta enterrar.

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