quinta-feira, abril 22, 2010

Campanha eleitoral de 2010




Começou a campanha eleitoral de 2010 e o pleito promete se não o mais disputado, um dos aguerridos da história brasileira.
De um lado um projeto de nação exitoso de crescimento econômico, distribuição de renda, melhoria das condições da população e de soberania nacional . É o projeto do governo Lula representado pela candidata Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores.
Para se contrapor a esse projeto nacional, com manutenção da desigualdade social, baixo crescimento econômico e social e subordinação aos países estrangeiros especialmente os Estados Unidos e aos organismos multilaterais, como o FMI foi apresentada candidatura do José Serra e os demo-tucanos.
O Brasil mudou de patamar desde 2003, sendo um país mais aberto e democrático, melhorando a vida de todos os brasileiros. Mais de 11 milhões de empregos criados. O país obteve respeito internacional e hoje se senta entre as grandes potências.
Os oitos anos dos tucanos como governantes do Brasil, 1995-2002, foram de retrocesso democrático, com aprovação da emenda da reeleição, destruição de empregos, o país quebrou três vezes, privatização de todo sistema de comunicação e parte do elétrico, tentativa de destruição da Petrobras e do Banco do Brasil. O Brasil e o povo brasileiro viveram de joelhos.
Nos projetos e discursos a oposição não tem propostas viáveis para o país. Ficou os sete anos tentando destruir o governo Lula, juntamente com a grande imprensa, que fizeram parceria com a oposição dos demos-tucanos-pepistas. Inclusive de forma irresponsável acabaram com a CPMF que financiava a saúde.

O candidato José Serra

José Serra perdeu as eleições de 2002 para o presidente Lula. Em 2004, junto com a grande imprensa venceu uma bem sucedida administração petista da cidade de São Paulo.
Os recursos utilizados por Serra foram a apropriação dos feitos da prefeita, como CEU, Vai e Volta e Bilhete Único, dizendo vamos “ampliar e melhorar”, o que está bom a gente mantém, mas corrige o que está errado. O candidato Serra não apresentou nenhum programa de governo. Ao mesmo tempo, junto com a grande imprensa, especialmente o jornal Folha de São Paulo, e a Rede Globo, no noticioso SPTV, trataram de desidratar a prefeita. Tudo o que acontecia de errado, mesmo na segurança que é de responsabilidade do Estado, culpavam a prefeita. Até a vida pessoal dela foi invadida pela Folha, que deslocava um repórter 24 horas para espioná-la.
O CEU, que representou um instrumento amplo de inclusão social, foi tachado pela Folha de São Paulo de forma pejorativa como “escolão”.
O candidato assinou em cartório que não deixaria a prefeitura até o término do mandato, mas após fazer um governo opaco em São Paulo, cujo mérito foi desmontar o que a prefeita Marta Suplicy tinha construído, Serra sai candidato e com apoio da grande mídia se elege governador de São Paulo.
Governando desde 2007 o Estado de São Paulo, José Serra governou junto com a grande imprensa brasileira. As notícias ruins para Serra sumiram das páginas dos jornais, revistas e televisões. Não havia liberdade de imprensa, pois jornalista que se atrevesse a fazer matéria negativa em que aparecesse o nome do governador perdia o emprego.
Em troca Serra torrou fortunas com a mídia. Adquiriu grandes lotes de assinaturas de jornais e revistas como a Nova Escola, patrocina através da Sabesp o SPTV da Rede Globo e vários programas da rádio Eldorado, do grupo Estado de São Paulo, através da Imprensa Oficial e da Sabesp, além dos comerciais oficiais que chegaram a ser a principal fonte de receita das empresas de comunicação em São Paulo.
Além dos interesses financeiros que une Serra às famílias midiáticas, estão também os ideológicos- partidários. O programa do PSDB é o mesmo da grande imprensa. Eles querem o retorno da agenda neoliberal, com privatizações, ajuste fiscal, subordinação aos países e organismos estrangeiros, controle dos salários dos servidores públicos e dos trabalhadores em geral, criminalização dos movimentos sociais e tratamento das questões sociais como caso de polícia, como Serra fez no governo de São Paulo. A greve dos professores do Estado é prova disso.

Aliás, um governo pífio, em que não cumpriu a maioria das promessas e num gesto desesperado inaugurou uma série de obras inacabadas como o Rodoanel e a Nova Marginal.
O candidato Serra chegou inclusive a inaugurar uma maquete de uma pnte, fato inusitado no mundo político.

O papel da grande imprensa

A grande mídia já mostrou a que veio a Folha de São Paulo falsificou uma ficha da Dilma, inventou um seqüestro, manipula matérias e pesquisas do Datafolha. A revista Veja faz oposição cotidiana ao governo federal e está usando a capa com o Serra para fazer propaganda para esse candidato. Ele está em vários sítios, como propaganda para a revista Veja, forma dissimulada de fazer campanha antecipada. A Rede Globo tem dado espaço amplo para o Serra nos seus telejornais, enquanto critica o governo Lula até nos programas humorísticos, como Casseta e Planeta. O ponto alto foi usar a frase de campanha do Serra em propaganda da emissora.
Todos os jornais quase nunca colocam foto da Dilma e quando o fazem para ilustrar a matéria, usam a pior possível. As matérias são sempre que a candidata errou, como está no Valor Econômico de hoje (22/04). O objetivo deles é desidratar a candidata e sempre ligá-la com fatos negativos. Os comentaristas desses jornais são sempre contra a Dilma.

A estratégia de campanha de Serra

A forma de Serra agir é conhecida por todos, destruir a reputação do candidato adversário, fazendo com que a sociedade o odeie, como contraponto ele sai como vítima, até adotando slogam como do “bem”. Isso tudo só é possível com a ajuda da grande imprensa, que age em conjunto com a candidatura da oposição. Até os jornalistas que cobrem a campanha agem como espiões do Serra. A impressão que passa é que a pauta é a mesma para todos os jornais, inclusive as fotos usadas são as mesmas.
Uma série de emails apócrifos estão infestando na internet, com mensagens desqualificando a candidata petista. Desde terrorista até ladra com uma série de informações mentirosas espalhadas por internautas para destruir a honra da candidata. Essa é uma forma de tentar desidratar a candidata. Quem está passando esses emails até agora ninguém sabe, mas valeria a pena a Polícia Federal fazer uma investigação apurada.
O Serra tenta passar a imagem de que já ganhou e foi eleito presidente da República. Ele quer passar a imagem de que não perde. As pesquisas vantajosas nessa etapa de campanha é importante para o candidato, por isso a histeria do PSDB com a pesquisa Sensus, que coloca a candidata Dilma empatada com o Serra.

Para neutralizar Serra

É preciso que os partidos da coligação que apóiam a Dilma Rousseff se unam numa estratégia de informação de campanha. Precisa neutralizar o poder influente da grande mídia que é o único ponto de apoio de Serra. Serra só saiu candidato com o apoio dos barões da mídia, como aconteceu em 2004 e 2006. Sem o apoio da imprensa José Serra já teria se aposentado politicamente em 2004. Ele só venceu a Marta pelo apoio intensivo que teve da imprensa, a Folha chegou a fazer um editorial rogando que ele saísse candidato.
O Partido dos Trabalhadores precisa neutralizar os possíveis dossiês e tentativa de destruir o Partido que seguirá em etapa posterior pela grande imprensa, em conluio com a oposição. Eles devem estar preparando uma grande jogada, para tentar desqualificar o Partido.
Jamais achar que a eleição está ganha e manter o perfil psicológico centrado na vitória. A campanha adversária usa até horóscopo para tentar quebrar a moral da campanha petista.
Serra não é imbatível, mas vai precisar de uma grande união das forças progressistas desse país, para continuar crescendo e evitar o retrocesso que ele representa, junto com a elite predadora que o apóia.
As experiências das campanhas de 2004, 2006 e 2008 devem ser bem estudadas, inclusive com psicologia social.
Temos tudo para continuar avançando e construindo o Brasil dos nossos sonhos, basta que aprendemos com as lições do passado e nos empenhemos em vencer o projeto de retrocesso que representa o candidato tucano José Serra.

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