O objetivo deste blog é discutir um projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil. Esse projeto não brotará naturalmente das forças de mercado e sim de um engajamento político que direcionará os recursos do país na criação de uma nação soberana, desenvolvida e com justiça social.
domingo, novembro 26, 2006
Passagens sobem em São Paulo
Enfim, chega ao fim a novela dos aumentos das passagens de transportes coletivos de São Paulo. No Metrô, na CPTM, nos troleibus da EMTU e nos ônibus da capital de São Paulo o valor definido foi para R$ 2,30. A tarifa do Metrô, da CPTM e dos troleibus da EMTU passa de R$ 2,10 para R$ 2,30. O aumento foi de 9,52%. É bom salientar que o aumento estava previsto para o ano de 2007, visto que tradicionalmente os aumentos de tarifas ocorrem em anos ímpares. O último aumento de tarifa âmbito do Estado foi janeiro de 2005. Além de caixa para o governo que entra, o aumento antecipado tem por objetivo evitar o desgaste do Serra, que viu sua popularidade como prefeito cair, quando em março de 2005, aumentou o preço das passagens de ônibus na cidade de São Paulo. Na cidade de São Paulo, o preço das passagens de ônibus está sendo aumentado para R$ 2,30 (+15%) . O preço do Bilhete Único quando utilizado no Metrô ou na CPTM, conjugado com o ônibus municipal, vai subir mais ainda para R$ 3,50 (16,66%), o que reduz o benefício dos usuários. O objetivo também é a redução do subsídio pago no transporte pela cidade de São Paulo, para o Kassab ter mais recursos para tocar obras, com vistas à reeleição de 2008. Os reajustes estão muito acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No período de janeiro de 2005, data do último aumento do Metrô, da CPTM e dos troleibus da EMTU, a setembro de 2006, o INPC variou 6,42%. Dessa forma o aumento cogitado para os transportes metropolitanos geridos pelo governo é 1,5 vezes superior á variação dos preços ao consumidor. No caso das passagens da cidade de São Paulo, o último aumento foi no dia 5 de março de 2005. Dessa data até setembro de 2006 houve variação de 4,59% do INPC. Assim, essas tarifas subirão no mínimo três vezes acima da inflação. Vale ressaltar que o INPC é o indicador usado na recomposição salarial. Nenhum trabalhador teve aumento de salário na mesma proporção que os aumentos planejados pelos governos do PSDB-PFL. Na cidade de São Paulo começou a mobilização contra o aumento. Estudantes secundaristas da UBES, UPES e UEE, junto com a UNE, junto com a CUT, MST e Sindicato dos Metroviários fizeram uma manifestação na capital contra o reajuste tarifário. A Câmara dos Vereadores, através da Comissão dos Transportes, estão questionando os valores apresentados na planilha pela Prefeitura de São Paulo.
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