No Brasil, virou moda culpar os gastos sociais por todo tipo de mazela que acontece na economia. Assim se há inflação era porque o governo gastava demais e devia cortar os benefícios da Previdência Social. Se a economia não cresce é preciso um choque fiscal e cortar benefícios na Previdência Social. Se o dólar está barato é porque o governo gasta demais e é preciso cortar benefícios da Previdência Social. Ora, o candidato tucano disse que iria cortar R$ 60 bilhões se fosse eleito. A única forma de fazer esse corte é demitindo funcionários públicos, achatando salários, elevando a idade mínima de aposentadoria para 65 anos e reduzindo os benefícios da Previdência Social. Nenhum economista da escola neoliberal diz em redução de juros e do pagamento dessa conta por parte do governo. Assim é muito mais fácil manter o dinheiro que vai para as 13 mil famílias mais ricas do país que vivem à custa do recebimento desse juros cortando recursos dos programas sociais do que enfrentar o problema de frente. É política anti-Robin Hood, ou seja, tira do pobre e dá para o rico. Bem ao gosto dos tucanos. Abaixo uma observação feita pelo Luis Nassif acerca do mesmo assunto:
"Há limite para tudo. Mídia e mercado consagraram alguns soldados para cumprir a missão de matar feridos em campo de batalha. São os que montam suas planilhas e acenam com o fim do mundo, se não se cortarem benefícios sociais. O inacreditável Fábio Giambiagi chegou ao auge, ao atribuir o crescimento sub-haitiano brasileiro do ano passado ao déficit da Previdência. Porque recorre a um besteirol desses? Porque nesses anos todos essas afirmações ridículas eram tratadas com complacência porque o pensamento dominante só tinha olhos para os benefícios sociais, como maneira de desviar a atenção sobre os juros. Valia tudo, até cometer asneiras desse quilate."
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