segunda-feira, dezembro 04, 2006

O fato do Brasil não ser um país desenvolvido é em função de não possuir uma elite no stricto sensu. O país sempre teve uma sub-elite, pois ela é vassala da elite dos Estados Unidos, da Europa e do Japão. Essa sub-elite não tem um projeto nacional de desenvolvimento. Ela mimetiza o consumo dos países desenvolvidos e tenta ser parecida com a sociedade desses países. Para isso mantém 2/3 da população na miséria. Por isso que ela não aprova o Bolsa Família. No ano de 1868 a dinastia Meiji no Japão se decidiu pela educação do povo japonês e pelo desenvolvimento nacional. Resultado, no início do século XX, no Japão não havia mais analfabetos. No Brasil, qualquer programa para acabar com o analfabetismo, desenvolver o país ou acabar com a miséria, sempre enfrentou a resistência da sub-elite. Ela sempre se seguiu o que foi ditado no exterior. Basta ver que qualquer relatóriozinho do FMI, do Banco Mundial ou da OCDE é divulgado com estardalhaço. Sempre se curvam ao que lhe é ordenado. É só ler os jornais do Brasil. Não há um projeto de nação, há uma baixa estima do país e do povo e sempre os jornalistas passam a impressão de um país fadado ao fracasso. Mas temos um povo, que criou uma cultura fantástica que exala toda a brasilidade e com seu trabalho construiu esse país. E é esse povo que vai desenvolver o Brasil, construindo a democracia e a igualdade social.

Esquerda, volver

A América Latina continua está dando um salto político de qualidade. Após o fiasco do projeto neoliberal implantado no continente, o povo está dando a volta por cima. E após a vitória massacrante do Lula no Brasil, a esquerda venceu no Equador, na Nicarágua e na Venezuela. O caso da Venezuela é emblemático. É curioso acompanhar a imprensa brasileira desesperada com a eleição de Hugo chávez. Dá a impressão de que a maior parte do material produzido pela mídia brasileira é feita ou pela direita venezuelana ou pelos republicanos dos Estados Unidos. Os jornais brasileiros, quando falam de Chávez é sempre com preconceito e ironia. Está na hora da mídia respeitar a vontade de um povo soberano, afinal de contas, as eleições foram livres. Parece que as sub-elites do continente estão entrando em desespero.

Kassab: Um flagelo para São Paulo

Um verdadeiro flagelo para a cidade de São Paulo representou a eleição de Serra e Kassab para a prefeitura de São Paulo. Os dois foram eleitos sem programa para a cidade, apenas baseados na força da mídia. Com a frase "vamos melhorar e ampliar", Serra foi eleito prefeito, levando Kassab junto. Como não tinham projetos a única coisa que fizeram foi atacar a gestão da prefeita Marta Suplicy, com apoio mais do que declarado de toda a imprensa paulista. Passados quase dois anos e Serra agora governador (apesar de ter declarado que não abandonaria a prefeitura) e Kassab é o prefeito. Ele simplesmente não sabe o que fazer. A cidade é vítima de enchentes (apesar que a mídia usa agora pontos alagados) e o destemido prefeito diz que não tem jeito, é assim mesmo. Ele aumentou o ônibus em 3 vezes mais a variação do INPC do último aumento e vem o jornal o Estado de São Paulo e diz que é culpa da administração passada, para livrar a cara da incompetência do Kassab. Pretendem acabar com o Bilhete Único, a saúde não apresentou a melhora prometida em campanha pelo Serra, assim como a educação. A população não aguenta mais tanto descalabro.