segunda-feira, novembro 18, 2013

TODAS AS ILEGALIDADES DE BARBOSA

Lei 4898/65: Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:

a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;

b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;

Navalha

Num julgamento em que se condenou sem prova, tudo é possível.

Em que exatamente a falta de prova foi o motivo da condenação.

Onde a verdade foi uma quimera.

E “até o Ban-co do Bra-sil, senhores, até o Ban-co do Bra-sil, senhores !”.

Se Dantas não pode ser algemado, Dirceu e Genoino também não !

Em que o “domínio do fato” vestiu o turbante da Carmen Miranda e tropicalizou-se.

Se o fato de pegar dinheiro no caixa com a carteira de identidade é prova de crime.

Se valeu tudo, vale, então o presidente do Supremo pode cometer tantas e gritantes ilegalidade:

1) Barbosa mudou o regime dos réus.

Dirceu e Genoino foram condenados a semi-aberto e cumprem em regime fechado.

Como os dois se apresentaram – e não houve o espetáculo da prisão de pijama, em casa – foi preciso transportá-los num camburão (a jato), para garantir o Fantástico e a espetacularização;

2) Levar para Brasília foi apenas um expediente midiático.

Dirceu e Genoino vão voltar para São Paulo.

Faz parte do processo de ressocialização de um preso mantê-lo perto da família.

3) Os presos foram algemados e a Súmula Vinculante do Marco Aurélio (Color de) Mello, criada depois da prisão de Daniel Dantas, proíbe algemar presos como Dirceu, Genoino – e, sobretudo, Dantas.

Todas as referidas ilegalidades têm um nexo condutor: a espetacularização que desembarca numa atividade política eleitoral, como supõe o IG e se discute abertamente nos corredores do Supremo.

Onde se diz, por exemplo, que o convite de Aécio para que Barbosa seja candidato a Vice foi feito há três meses.

E, pelo jeito, aceito.


Paulo Henrique Amorim


(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

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