domingo, outubro 20, 2013


Tijolaço

O Leilão do Campo de Libra, a ser realizado no próximo dia 21, aponta para um resultado sem grandes surpresas. A Petrobrás vai apostar pesado no certame e deterá a maior parte, tanto com os 30% a que tem direito por lei, quanto pela participação junto a outro consórcio.

A menos de 48 horas do leilão, a Reuters informa que uma “fonte” diz que a estatal brasileira se prepara para entrar com pelo menos 40% de participação no bloco. Repetindo: isso, fora os 30% obrigatórios.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu que o leilão ocorrerá mesmo que apenas um consórcio se interessar. Para o governo, não seria ruim a presença de apenas um consórcio, já que ele mesmo, através da Petrobrás, será um dos compradores.

Em entrevista coletiva, Lobão destacou que, somente com o Campo de Libra, o Brasil distribuirá R$ 279 bilhões para a saúde e a educação ao longo de 35 anos. Outros R$ 370 bilhões serão apropriados pela União.

Sempre é bom lembrar que esses recursos serão multiplicados em muitas vezes ao longo da cadeia de processamento e refino do petróleo extraído.

Outros campos do pré-sal também estarão produzindo grandes quantidades de petróleo e gás.

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Petrobras planeja entrar em leilão de Libra com chinesas e ao menos 40% de participação, diz fonte

sábado, 19 de outubro de 2013 17:59

Por Sabrina Lorenzi

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras se prepara para entrar no leilão de Libra com pelo menos 40 por cento de participação no bloco, em consórcio formado com as estatais chinesas CNOOC e CNPC , afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta sexta-feira.

Outras seis empresas das que se inscreveram e pagaram as garantias para participar da primeira rodada de licitações do pré-sal ainda se articulavam para tentar disputar a área de Libra nestes últimos dias que antecedem o certame, disse a fonte à Reuters, sem revelar os nomes das companhias.

Outra fonte consultada pela Reuters disse que as petroleiras continuam se comunicando em busca de formação de consórcio para a licitação, em um movimento que deve continuar até dia 21, segunda-feira, quando acontece o leilão de Libra.

A Repsol Sinopec (parceria entre a espanhola Repsol e a chinesa Sinopec) não ficaria no consórcio da Petrobras por incompatibilidades entre elas, disseram as duas fontes. Ainda há dúvidas se a Repsol Sinopec poderá constituir um outro consórcio, que seria concorrente ao formado pela Petrobras.

A anglo-holandesa Shell também não faria parte do mesmo consórcio com a Petrobras, disse a primeira fonte.

A presença de interessados em explorar o volume de 8 bilhões a 12 bilhões de barris recuperáveis em Libra é tida como certa por especialistas do setor de óleo e gás, ainda que com a possibilidade de pouca concorrência.

As empresas disputarão até 70 por cento da participação de Libra, já que a Petrobras será a operadora da área com no mínimo 30 por cento de participação em qualquer consórcio que ficar com a área, mesmo em eventuais grupos formados inicialmente sem a estatal brasileira.

BÔNUS

O importante para o governo, de acordo com avaliação de outros dois executivos do setor que também falaram sob condição de anonimato, é receber o bônus de 15 bilhões de reais e contar com a presença das asiáticas para realizar os pesados investimentos necessários ao desenvolvimento da área gigante de Libra.

Outras empresas que se inscreveram para o certame incluem a japonesa Mitsui, a indiana ONGC, a malaia Petronas, a colombiana Ecopetrol, a francesa Total e a Petrogal (associação da portuguesa Galp com a Sinopec).

Para a Petrobras, menos concorrência no leilão seria positivo, porque mais disputa implicaria maior agressividade das propostas e menor retorno financeiro.

Em um modelo de licitação em que o bônus é fixo, quem oferecer a maior parcela de óleo à União ganhará a licitação. A parcela mínima que caberá ao governo federal é de 41,65 por cento do petróleo de Libra, descontados os custos de produção.

Libra deverá atingir um pico de produção de 1,4 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) entre 10 a 15 anos depois da assinatura do contrato, estimou a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta semana.

Para alcançar esse pico, serão necessários de 12 a 18 plataformas e entre 60 a 80 barcos de apoio.

Por: Miguel do Rosário

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