segunda-feira, julho 02, 2012

Petrobras: PiG ajuda empresa estrangeira

Do Conversa Afiada A Petrobras vai gastar em dez anos quase US$ 300 bilhões para explorar a primeira fase do pré-sal. O PiG tem um problema com a Petrobras. Quer fechá-la e entregar aos estrangeiros. Isso não começou com a Petrobrax do Farol e do Cerra, seu Planejador-Maior. Aliás, antes, os adversários da Petrobras escreviam bem e eram muito mais engraçados. Como o Chateaubriand e o Roberto Campos, o Pai de Todos os Colonistas (*) do Neolibelismo (**) brasileiro. (Como dizia o Delfim, o Campos era o ideólogo da Iniciativa Privada e ganhou a vida como empregado do Governo. Esses neolibelistas (**) brasileiros …) Agora, o PiG desistiu de explorar o pré-sal. Talvez seja essa a maior herança do Nunca Dantes – ele reinventou a Petrobras do Dr Getúlio (o FHC ia enterrar o varguismo, lembra, amigo navegante ?) e entregou o pré-sal à Petrobras. Aí, não tem mais jeito de o Cerra cumprir a promessa que fez à Chevron, segundo o Wikileaks. Onde se concentra agora a bateria do PiG ? Estes dias, o Globo, sempre o Globo, noticiou uma sessão do road-show da Presidente da empresa, Graça Foster, com investidores em Nova York. (O Roberto Marinho só dava trégua à Petrobras, quando nomeava os presidentes, como o Hélio Beltrão.) Por um descuido – foi deixado na poltrona ao lado do avião, numa escala – o ansioso blogueiro leu trechos de uma reportagem sobre o pré-sal da revista Exame, do mesmo grupo do Robert(o) Civita e do Policarpo Jr. As duas peças pigais – no Globo e na revista do Robert(o) – dançam o mesmo minueto. No fundo, no fundo, a batalha agora é em torno das vendas à Petrobras. Se não posso explorar a maravilha do pré-sal, vou ver se tomo conta do equipamento para explorar o pré-sal. Perdemos uma batalha, mas não a guerra, dizem os pigais a serviço dos fornecedores estrangeiros, A Petrobras vai gastar em dez anos quase US$ 300 bilhões para explorar a primeira fase do pré-sal. Ja imaginou, amigo navegante, US$ 300 bi ? Uns dez por cento do PIB brasileiro. Uma parte significativa disso tudo será gasta com fornecedores brasileiros e trabalhadores brasileiros dentro da política de “conteúdo nacional” (entre 55% e 65% valor da compra). Aí é o xis do problema. Os pigais jornalistas, sob variados disfarces, tentam vender o peixe assim: 1) A indústria brasileira não existe; 2) Se existe, é ineficiente e vende mais caro que a estrangeira; 3) Quando a Petrobras compra do produtor brasileiro desfalca o lucro do acionista e atrasa o serviço; 4) Dessa forma, a Petrobras “escolhe os vencedores”, “pick the winners” – uma prática nociva ao capitalismo, que consiste em o Estado escolher a empresa que vai sobreviver e crescer; 4) O trabalhador brasileiro não existe, já que vivemos um “um apagão de mão de obra”; 5) Quando existe, o trabalhador brasileiro é um bestalhão: o contínuo da Chevron em Houston é mais produtivo do que um engenheiro na Av Chile. Há variantes mais recentes dessa política secular de desconstruir a Petrobrás. No domingo, o Estadão conclui que a “produção está estagnada há três anos e a Petrobrás cria um plano de emergência”. Não é verdade do início ao fim da frase. É um exercício de wishful thinking. Nesta segunda-feira, a Folha (***) também denuncia uma situação desesperadora, com uma “revisão” do plano de negócios de tal forma que a Petrobras, breve, chegará à conclusão de que não tem, mesmo, futuro. (Amigo navegante: você aplicaria o FGTS para comprar ações da Petrobrás ou da Folha ? Do Globo, especialmente ações da Globo no horário matinal ? ) A Folha deixa vir à superfície outro argumento frequente: se a gasolina não aumentar, a Petrobrás quebra. Ou seja, o PiG mata a Dilma com um tiro só: aumenta a gasolina, aumenta a inflação e não resolve os problemas da Petrobrás, porque, mesmo com preços astronômicos, ela não saberá tocar o negocio.) Roda, roda e os argumentos são esses. Entregar a Petrobrax – ou melhor, entregar o que a Petrobrax compra. E a lista de compras da Petrobras é a segunda maior do mundo. Só perde para os 25 mil quilômetros de trens-bala da China. O que os pigais jornalistas tentam entregar ao estrangeiro é impressionante, segundo lista da Exame: - 68 navios-plataforma; - 22 mil quilômetros de dutos; - 1 725 arvores de Natal (conjunto de válvulas que tiram óleo e gás do poço); - 65 petroleiros; - 361 navios de apoio; - 65 sondas; - 3,9 milhões de toneladas de chapas de aço. Amigo navegante, já imaginou isso à disposição do Cerra, do Perillo, do Lereia, do Paulo Preto, do Ricardo Sergio de Oliveira, da filha do Cerra ? Não tinha livro do Amaury que desse conta. Acontece que o ansioso blogueiro acabou de entrevistar a presidente da Petrobras. As respostas às graves pigais “denúncias” são simples. 1) A indústria brasileira existe – ela explora, por exemplo, o pré-sal, que já produz; 2) a Petrobrás está aqui para remunerar o acionista; 3) com “conteúdo nacional” e tudo ela só compra pelo melhor preço de mercado – onde estiver o equipamento e o fornecedor; 4) a Petrobrás não escolhe ninguém – a Petrobrás compra de quem tiver preço e qualidade; 5) a política de “conteúdo local” é um estímulo a que a empresa estrangeira venha para cá e contrate trabalhador brasileiro; 6) atrasar todo mundo atrasa: produtor nacional, o de Cingapura ou dos Estados Unidos. As sondas de Cingapura e da Coreia, por exemplo, atrasam 500 dias …; 7) a Petrobras não faz a política industrial do Brasil – isso é problema do Governo; 8 ) diante desse volume impressionante de compras, claro que falta mão de obra – em qualquer lugar do mundo; 9) por isso, a Petrobras investe – por lei – R$ 500 milhões por ano – em laboratórios e em centros de excelência em universidades públicas brasileiras; 10) o que os pigais jornalistas esquecem é que a Petrobras agora tem bala na agulha: pode contratar, treinar, escolher, porque está todo mundo de pires na mão, a cortejá-la; Como esteve aqui, recentemente, a Hillary Clinton. Que, aliás, não precisou pedir nada em público, porque o PiG pede por ela. E aí tem outro detalhe. O Brasil passou a ser o oitavo maior produtor de petróleo e gás do mundo. E isso confere uma dimensão que os Chatôs, Campos, Marinhos e Fernandos e Cerras jamais conceberam: o Brasil ficou maior, mais forte, mais poderoso. Canta de galo. Deixou de ser Colônia. Saiu da categoria sociológica da “dependência” – livro que define a obra e o sombrio Governo Cerra/Farol de Alexandria. O Brasil chegou lá. Com ele, os submarinos nucleares da Amazul, a empresa pública que vai desenvolver a tecnologia para produzir submarinos nucleares. E, mais tarde, a bomba atômica. Em tempo: antes que o Gilmar Dantas (****) queria saber quanto a Petrobrás anuncia no Conversa Afiada – o que corresponderia a uma ação contra ele, no próprio Suoremo – o ansioso blogueiro informa que a Presidente Graça Foster – segundo li na blogosfera – mandou, em boa hora, suspender todos os patrocínios comerciais e culturais. O que deve ter provocado calafrios na Globo, a Imaculada … Paulo Henrique Amorim (*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí. (**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê. (***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores. (****) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo… COMENTÁRIO E & P O PIG é a ferramenta da subelite brasileira que tem como função manter o Brasil pobre, subdesenvolvido e explorado pelos países centrais, especialmente os Estados Unidos. Essa subelite que não tem um projeto de nação é um produto dos séculos de colonização que os países centrais exerceram na América Latina como um todo. Ela pensa que é moderna, mas adota o modelo de subordinação e cucaracha em todo o continente americano. A subelite paraguaia deu o golpe de estado, pois o país não pode investir no seu povo. A subleite brasileira expressada pelos papagaios de pirata que se dizem jornalistas, expressou o apoio a esse golpe. Já tentaram dar um igual em 2005, mas o José de Alencar não topou. A subelite hondurenha também conseguiu dar um golpe de estado, tirando um governo eleito democraticamente para continuar explorando o seu povo a serviço dos Estados Unidos. Hoje vários papagaios de pirata da subelite, como a Miriam Leitão e o Carlos Sardenberg estão bravos com a Venezuela, por esta não se sujeitar a ser colônia do Estados Unidos e dar o seu petróleo quase de graça para que tio Sam possa continuar sua política genocida pelo mundo. O ódio a Chavez é porque ele tem investido em educação, saúde e habitação para o povo da Venezuela. Assim como Lula fez e está construindo uma elite venezuelana, comprometida com um projeto de nação, assim como no Brasil. Essa elite é o povo, por isso que precisamos de um povo com acesso à educação e melhores condições de vida, para tocar um projeto de fazer um país. Estávamos nesse caminho em 1964, mas os Estados Unidos, não deixaram que isso prosperasse. Se o Brasil tivesse feito as reformas de base na década de 1960, seríamos tão ricos hoje como a Coréia. A diferença entre nossos países é um fez as reformas de base, investindo em educação, saúde e fortalecendo o seu povo e o outro fez um golpe de estado para manter o seu povo na miséria. O Brasil e os países da América Latina só serão desenvolvidos se constituírem uma elite, com um projeto de nação. Essa elite é constituída por trabalhadores, religiosos, camponeses, intelectuais, artistas, esportistas, empresários. A imprensa corrupta brasileira tem como missão principal evitar que essa elite seja ampliada, mantendo a baixa estima do povo. A Petrobras mais do que um projeto de nação é um patrimônio do povo brasileiro. Se a Petrobras tivesse sido privatizada como a YPF argentina, todo um projeto de país teria ido por água abaixo. A imprensa corrupta brasileira se comportar como Joaquim Silvério dos Reis, querendo entregar as nossas riquezas aos esteites. O que eles estão tentando fazer no Brasil é pura traição ao povo brasileiro. A imprensa brasileira é um risco à democracia no Brasil e ao bem-estar do nosso povo.

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