sexta-feira, agosto 12, 2011

Cada país que se cuide - Até a Suíça está taxando os ganhos de capital...




os que criticam as medidas do governo com relação aos derivativos cambiais, a Europa não esta nem aí para a suposta racionalidade dos mercados financeiros, como querem muitos aqui no Brasil.

Por aqui, ao final do mês passado, o governo divulgou a mais dura ação já tomada no câmbio, taxando em 1% as operações de derivativos cambiais feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. E deixou aberta a possibilidade de aumentar a alíquota até 25%, caso fosse necessário. Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC) justificou a medida. Hoje, no país, a posição vendida no câmbio estaria próxima de US$ 4 bi a US$ 5 bi. No entanto, essas apostas na valorização do real já chegaram a US$ 21 bi, segundo o titular do BC. "Introduzimos medidas para reduzir a capacidade do mundo de especular contra o dólar no nosso mercado", disse Tombini. "Se não tivéssemos feito nada, de que tamanho essa cifra estaria?", questionou.

Já, do outro lado do oceano Atlântico, no caso da União Europeia, as ações são claras. As autoridades do velho continente simplesmente suspenderam as operações com determinados papéis dos bancos, as chamadas "venda a descoberto", que apostam na queda de uma ação. Esse movimento nos mercados acaba induzindo os investidores a vender os papéis e pode levar um determinado banco ao risco. Isto porque as operações comumente são acompanhadas de campanhas de rumores e boatos falsos. A prática visa provocar o pânico no mercado e levar determinado banco à falência.

"Salve-se quem puder"

Mas, não é só: os europeus agora falam em aumentar a taxação de ganhos de capital. É isto mesmo: aumentar a taxação de ganhos de capital. A própria Suíça estuda indexar o franco ao euro. Como vemos, cada país se defende como pode - o mesmo que devemos fazer. Essa é a saída, até que a comunidade internacional adote políticas gerais para enfrentar a crise. O fato é que, enquanto predominar “o salve-se quem puder”, o Brasil não pode - e não deve - vacilar. Vamos, sim, defender a nossa economia e o nosso país.

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