sexta-feira, maio 22, 2009

PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto

Pesquisa do instituto Vox Populi realizada entre os dias 2 e 7 de maio mostra que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já tem entre 19% e 25% de intenção de votos para a Presidência da República, caso seja candidata em 2010.

O levantamento, que ouviu duas mil pessoas em todas as regiões do país, mostra ainda que o PT continua sendo o partido de maior preferência da população. O índice, que era de 25% em maio de 2008, saltou para 29% agora. Em seguida, vêm PMDB, com 8%; e PSDB, com 7%. O DEM, ex-PFL, tem apenas 1%.

Os números mostram que 59% dos entrevistados têm muita ou alguma simpatia pelo PT. Para 70%, o PT ajuda o Brasil a cerscer.

Encomendada pelo PT, a pesquisa mostra também um quadro de ampla aprovação popular ao governo Lula. A avaliação positiva do presidente (considerando os índices de ótimo, bom e regular positivo) chega a 87%. Para 60%, o Brasil melhorou nos últimos dois anos, enquanto 67% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o país.

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, comemorou os resultados do levantamento.

“A pesquisa mostra um quadro muito positivo, pois o PT ampliou seu percentual de preferência partidária junto à população, com atributos positivos em vários aspectos. Nosso governo está com mais de 80% de aprovação. Isso mostra o acerto da condução partidária e das medidas de enfrentamento à crise mundial”, afirmou.

Berzoini também destacou a subida de Dilma na sondagem eleitoral. "O desempenho da Ministra Dilma é consistente, levando-se em conta que boa parte da população não a conhece e não sabe ainda que Lula e o PT a apóiam. Vamos apresentar um Programa com mais avanços e novas conquistas para as eleições de 2010, para trabalhar a ampla aprovação da maioria da população ao projeto em andamento no país"
Veja abaixo os principais números da pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais:

BRASIL
67% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, igual a maio de 2008

27% estão insatisfeitos; 5% muito insatisfeitos

Para 60%, Brasil melhorou nos últimos anos

Para 14%, piorou

Para 56%, vai melhorar nos próximos 2 anos

Para 13%, vai piorar

PARTIDOS

Preferência

PT tem 29% da preferência partidária; alta de 4 pontos em relação a 2008 e de 10 pontos sobre 2004.

PMDB tem 8%; PSDB tem 7%; e DEM tem 1%

Eleitores sem preferência: 49%, queda de 15 pontos em relação a 2004 (64%)

Rejeição
PT tem 8% de rejeição, estável em relação a 2008

PMDB tem 5%; PSDB tem 5%; e DEM tem 3%

67% não rejeitam nenhum partido, queda de 2 pontos em relação a 2008 (69%)

Imagem
Primeiro partido que vem à cabeça: PT, 35%; PMDB, 24%; PSDB, 14%.

AVALIAÇÃO DO PT
59% têm muita ou alguma simpatia pelo PT, aumento de 12 pontos sobre 2008

81% acham o PT forte ou muito forte, aumento de 5 pontos em relação a 2008

65% consideram positiva a atuação do PT na política, aumento de 5 pontos sobre 2008

Para 70%, o PT ajuda o Brasil a crescer, aumento de 5 pontos sobre 2008

Opiniões sobre o PT
É dinâmico e trabalhador: 75%, contra 69% em 2008

É moderno, com idéias novas: 75%, contra 69% em 2008

Deve ter candidato próprio à Presidência: 68%, contra 67% em 2008

GOVERNO LULA

Desempenho do presidente

Avaliação positiva: 87% (ótimo, bom e regular positivo), contra 84% em 2008

Avaliação negativa: 13% (ruim, péssimo e regular negativo), contra 15% em 2008

Melhores ações do governo
Programas sociais, 36%; política econômica, 19%; Educação, 8%; Habitação, 7%

ELEIÇÕES

Partido do próximo presidente

Para 34%, próximo presidente deve ser do PT

Projeto de país
Para 73%, próximo presidente deve continuar com todas ou com a maioria das atuais políticas, contra 68% em 2008.

Candidato apoiado por Lula
23% votam com certeza no candidato apoiado por Lula

41% pode votar, dependendo do candidato

10% não votam

22% não levam isso em consideração

INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE, 1º turno, estimulada

Cenário 1

Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Ciro, 23%; Dilma, 21%; Aécio, 18%; Heloísa, 10%; Branco/Nulo/NS, 18%

Cenário 2

Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Serra, 36%; Dilma, 19%; Ciro, 17%; Heloísa, 8%; Branco/Nulo/NS, 19%

Comparativo: Em relação a maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.

Cenário 3

Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Dilma, 25%; Aécio, 20%; Heloísa, 16%; Brancos/Nulos/NS, 40%

Cenário 4

Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Serra, 43%; Dilma, 22%; Heloísa, 11%; Branco/Nulo/NS, 24%

Cenário 5

Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)

Serra, 48%; Dilma, 25%; Branco/Nulo/NS, 37%

Rejeição
Heloísa, 17%; Aécio, 13%; Serra, 12%; Dilma, 11%; Ciro, 9%.

Não reclame depois que você não foi avisado

por Luiz Carlos Azenha
A Vale do Rio Doce foi privatizada, em 1997, por pouco mais de U$ 3,3 bilhões de dólares. Dez anos depois, em 2007, teve faturamento quase dez vezes maior, ou seja, de cerca de U$ 33 bilhões.
Em retrospectiva, alegam os privatistas, era impossível prever que o preço internacional do minério de ferro subiria tanto, aumento causado especialmente pelo crescimento espetacular da China!
A história da Vale é ilustrativa: a Itabira Iron Ore, da qual ela se originou, só foi nacionalizada pelo governo de Getúlio Vargas depois de um acordo entre o Brasil, a Grã Bretanha e os Estados Unidos, pelo qual recebemos financiamento externo para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da Companhia Vale do Rio Doce em troca da garantia de suprimento de minério de ferro e borracha para o esforço de guerra dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
Getúlio tinha visão de estadista: ficou em cima do muro, entre americanos e nazistas, até arrancar de Washington as concessões indispensáveis ao início da industrialização do Brasil.
Foi o legado de Getúlio que Fernando Henrique Cardoso - ele ainda não está preso? - prometeu pulverizar. Pulverizou, em parte, ao vender a Vale a preço de banana.
Mas esse não é o meu ponto. O que quero destacar é que os Estados Unidos, para obter o que queriam do Brasil - minério de ferro e borracha -, aceitaram até mesmo a nacionalização de uma empresa americana.
Os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foram um gesto simbólico -- sem desfazer do esforço e da dedicação deles -- e a base aérea de Natal serviu à guerra no Norte da África. Mas o ESSENCIAL foi a matéria prima: minério de ferro e borracha.
Por que haveria de ser diferente agora?
Por que as matérias primas perderiam importância agora, que o Brasil se descobre sentado sobre uma enormidade de petróleo em sua costa?
Recentemente o ministro da Defesa, Nelson Jobim, trouxe a público o debate sobre a mineração em alto mar. Falou da necessidade de o Brasil se juntar com os vizinhos e com países da África para discutir o controle da navegação no Atlântico Sul.
Leia aqui sobre a mineração no mar
Outro dia, a bordo de um navio da Marinha, descobri surpreso que a Amazônia azul -- o mar territorial brasileiro -- é quase tão grande quanto a Amazônia verde. E, com certeza, tão rico quanto.
Essas são as questões essenciais para o futuro do Brasil, que deveriam ocupar boa parte da agenda do Parlamento brasileiro. No entanto, um dos maiores partidos do país decide concentrar esforços em uma CPI eleitoreira, que desvia a atenção da opinião pública do debate realmente necessário: como explorar o pré-sal? Onde investir o dinheiro? Quais são as perspectivas da mineração em águas profundas? Como o Brasil pode controlar a sua costa e projetar seu poder no Atlântico Sul?
Dizem, hoje, para justificar o preço de venda da Vale, que era impossível prever o preço internacional do minério de ferro.
Mas, como se isso fosse realmente necessário, que fique o alerta: o petróleo que está na costa brasileira vale muito e valerá cada vez mais. Será uma vergonha se nós, brasileiros, desperdiçarmos essa oportunidade de fazer do Brasil um país decente. E, acreditem, como já aconteceu muitas vezes no passado, existem milhares de brasileiros dispostos a entregar o ouro ao bandido em troca de migalhas.

A OFENSIVA TUCANA

Laerte Braga


Entender o desespero do comando paulista do PSDB para eleger o governador José Serra presidente da República em 2010 não é tão difícil assim. Se deixarmos de lado fatores pessoais como vaidades, o autoritarismo estúpido e boçal de Serra, o primeiro fator a ser levado em conta é o “investimento”.

E nesse item vale a pena lembrar uma história acontecida em 1984 quando da eleição – indireta – de Tancredo Neves. Àquela época vigia o princípio da fidelidade partidária e o chamado colégio eleitoral que elegia o presidente era integrado entre outros por deputados estaduais numa representação proporcional ao peso dos partidos nas assembléias legislativas. O bi-partidarismo já havia sido quebrado, mas não havia ainda essa imensidão de partidos com assentos no Congresso, ou nas assembléias.

Paulo Maluf, adversário de Tancredo, consciente que perdera a maioria no Congresso Nacional voltou-se para os deputados estaduais e diante do bombardeio legal do PMDB no TSE – Tribunal Superior Eleitoral – e depois no STF – Supremo Tribunal Federal (era conhecida assim a suprema corte, hoje DANTAS INCORPORATION LTD) – resolveu consultar o senador Roberto Campos sobre se valia investir cem milhões de dólares na compra de deputados estaduais (e alguns federais) para chegar ao Planalto.

A resposta de Roberto Campos, especialista no item entreguismo e sua principal conseqüência, o lucro advindo da corrupção generalizada, disse que sim. Avaliou que um investimento de cem milhões de dólares daria um retorno de um bilhão de dólares em quatro anos de mandato e naquele momento o mandato presidencial era de cinco anos. O azar de Maluf foi que o STF julgou o voto como sendo questão de consciência e portanto desobrigado da fidelidade.

Uma coisa anda junto da outra.

O grande capital, o deus mercado, interessado em arrematar a compra do Brasil, porção com dimensões continentais de terra na América do Sul, aposta em Serra, como apostou e levou boa parte com FHC – Fernando Henrique Cardoso.

Serra é o instrumento desse capital e, óbvio, regiamente remunerado. É a característica tucana, ou são as características tucanas, uma decorrente da outra – o entreguismo e a corrupção.

Preocupados com os altos índices de popularidade do presidente Lula – sem análise de mérito de seu governo - mas conscientes que o País hoje é bem diferente do País que FHC deixou. Assustados com a candidatura da ministra Dilma Roussef. Apavorados com a incompetência crônica de Serra para administrar – São Paulo está uma lástima -. E de olho no tesouro ou nos acenos do grande capital. Mais ainda, temerosos dos escândalos no Congresso envolvendo deputados e senadores tucanos e DEMOcratas – braço explícito do fascismo tucano – e, principalmente, sabedores que a proporção investir um para ganhar dez, hoje, é muito maior, resolveram sair da toca e armar com a mídia internacional – a brasileira é ficção – todas essas jogadas torpes e canalhas, bem ao feitio tucano.

Serra tem dificuldades dentro de seu partido. Aécio Neves governador de Minas é um tresloucado, mas não rasga nota de cem e sabe do seu peso no jogo sucessório. E num dado momento a luz vermelha acendeu. Foi quando começaram a vir a tona todas as trapaças de figuras antes tidas como impolutas, caso do corrupto senador Tasso Jereissati, ou da corrupta governadora Yeda Crusius. Ou o corrupto Teotônio Vilela Filho e vai por aí afora – não existe tucano que não seja corrupto ou não esteja à venda.

A reação é no melhor estilo da principal quadrilha do crime organizado e legalizado no Brasil, o PSDB. Num primeiro momento transformaram a doença da ministra Dilma Roussef em terrorismo político. Está doente, a doença é incurável, não tem condições. É que a ministra continua a subir nas pesquisas dos institutos deles mesmos, ou do esquema deles, o FIESP/DASLU, associado a Wall Street e Washington. E sua saúde está em recuperação plena.

O segundo, a CPI da PETROBRAS que cumpre dois objetivos. Acuar o governo Lula, criar-lhe toda a sorte de dificuldades e preparar o terreno para vender a idéia da privatização. Justo no momento que o Brasil se transforma num dos países com as maiores reservas petrolíferas em todo o mundo. E isso, de repente, pode transformar esse pedaço de terra com dimensões continentais aqui na América do Sul, numa nação de verdade. Livre, soberana e justa com os seus cidadãos.

O tucanato ainda tem mercadorias para oferecer. Além da PETROBRAS, têm o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Filés que o capital internacional está de olho desde o governo FHC. Faltou peito e respaldo ao ex-presidente para consumar o crime de venda do Brasil. E os resultados obtidos nos seus oito anos, do ponto de vista deles, foram ótimos. Todos ricos, empresas como a VALE e a EMBRAER privatizadas, a farra da telefonia e vai por aí afora.

Uma pesquisa feita nas eleições de 2006 mostrou que o candidato tucano, o pastel de vento Geraldo Alckimin havia perdido votos exatamente quando tocou no assunto privatizar a PETROBRAS. Decidiram falar de forma diferente agora. Uma CPI para investigar supostas irregularidades e normalizar a empresa, na visão deles. Por baixo dos panos ressuscitar a cultura da privatização.

O curioso nessa história é que o tal decreto que permite à PETROBRAS contratar obras sem licitações para facilitar e não atrasar seus projetos, é do tempo de FHC. Lá, tinha uma finalidade. Permitir a entrada mais rápida de dinheiro nos bolsos e caixas dos tucanos. Agora querem vincular a empresa ao governo atual, o tal decreto e jogar por terra um patrimônio do povo brasileiro que custou muita luta, sangue e se transformou numa das maiores empresas do mundo no setor.

Tucano não tem mãe. Por mais chocante que isso possa parecer é uma realidade. Foram criados em chocadeiras em Wall Street, em projetos financiados pelas fundações FORD e ROCKFELLER.

É por esses caminhos que José Serra pretende navegar. A canalhice do absoluto.

Num outro aspecto o dilema do cidadão brasileiro é simples. Ou compreende essa realidade. Vale dizer, sonha e transforma o sonho no seu dia a dia, ou abre mão de um País livre, soberano e justo com seus filhos entregando-o a figuras repulsivas como Serra, Jereissati, Aécio, esse tipo de gente montado e fabricado segundo interesses dos grandes bancos, empresários e latifundiários no Brasil e fora do Brasil.

A mídia, evidente, capitaneada pelo histerismo a chip de jornalistas venais como William Bonner, Miriam Leitão, etc, etc, a FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, vai montar as mentiras com a intenção de repeti-las à exaustão transformando-as em “verdades”, que nem os tais cinco dedos do FHC na campanha de 1994 que se revelaram na prática ágeis no colocar dinheiro público no bolso e vender o Brasil.

Tucanos são uma degeneração genética do udenismo pré-64. Trazem em si o moralismo hipócrita da alta burguesia de São Paulo e da Barra da Tijuca. Dois símbolos internacionais no Brasil, dois territórios conquistados, à guisa de exemplo.

José Serra é um FHC de segunda categoria. Com um agravante. Um sorria enquanto enfiava a faca pelas costas, o ex-presidente. Serra não. É frio, calculista, perverso, covarde, amoral. É do tipo que vai arrancando as perninhas da formiga até que ela não possa andar mais e depois pisa em cima, massacra.

É por aí que passa a CPI da PETROBRAS. Os integrantes da comissão, os deles, são meros paus mandados e Jereissati é o comandante dessa tropa de bandidos no Congresso. Ele e Arthur Virgílio.

O alvo primeiro é a PETROBRAS e o alvo intermediário é a presidência, o objetivo final é passar a escritura de venda do Brasil.

Por detrás de toda essa “indignação” fingida dos tucanos está esse jogo sórdido e sordidez em política é sinônimo de tucano.

No meio desse caminho, mais à frente, vai ter um Pedro Bial da vida chamando essa gente de “meus heróis”.

E nem falei do que o Brasil livre e soberano significa para toda a América Latina. O papel de Serra é destroçar essa perspectiva que vai se transformando em realidade em vários países como a Venezuela, o Equador, a Bolívia, o Paraguai, a Nicarágua, El Salvador, se mantém em Cuba e prospera por aqui, na Argentina, tem perspectivas no Chile e no Uruguai.

Estrago completo nos negócios das grandes máfias internacionais. É outra “tarefa” confiada a Serra e aos tucanos nesse processo todo. O desmanche geral e absoluto da integração latino-americana e da submissão, assim que nem o antigo México, hoje lixão dos EUA.