sexta-feira, julho 20, 2007

Outros idos

A imagem que se tem do aeroporto de Congonhas é a dos Electras II. Esse turbo-hélice, quadrireator, fabricado nos Estados Unidos tinha tudo para ser um sucesso de venda. A entrada dos jatos, principalmente do 707 da Boeing, deu um papel secundário a esse avião. Ficou por mais de duas décadas fazendo a ponte aérea Rio-São Paulo, sem nenhum acidente. Quando da necessidade da troca das aeronaves por aviões mais modernos, a Varig, que era dona dos Electras II, fez vários testes. Pelo tamanho das pistas do aeroporto Santos Dumont e o de Congonhas, estava difícil escolher um jato de maior dimensão. A Boeing enviou um 737-300 para fazer os testes. Os pilotos estadunidenses mostraram como decolar e pousar nos dois aeroportos. A Varig decidiu que a tripulação que faria a ponte aérea com esses aparelhos, seria exclusiva, eles não passariam para outras linhas. É fácil de compreender, tanto o equipamento, quanto a tripulação trabalham no limite na operação desses aeroportos. O estresse de ambos é muito grande. E operando em aeroportos encravados dentro das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Dessa forma, é incompreensível, como um Airbus A 320, operando em situações limites, fique tantos dias com um dos reversores desativados. Foi no mínimo irresponsável a atuação da TAM. Parece que os tempos mudaram, vivemos os tempos do capital financeiro, em que tudo o que interessa são os lucros das empresas. As pessoas são meras mercadorias.

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