segunda-feira, junho 18, 2007

A armadilha da dívida II

A dívida do governo federal consumiu no ano de 2006 36,70% de tudo o que o foi arrecadado. Essa rubrica constitui o maior gasto do orçamento. Em seguida vem o gasto previdenciário com 25,73%, depois as tranferências para estados e municípios. o orçamento da saúde é de 4,82% da arrecadação federal e o da educação de apenas 2,27%. Os cabeças de planilha e os palpiteiros econômicos costumam martelar como causas da inibição do desenvolvimento do país o gasto previdenciário e o aumento com o funcionalismo público. Mas se formos contabilizar as transferências constitucionais nos gastos previdenciários e o que deixa de ser pago pelas instituições filantrópicas e outras que têm isenção, o déficit previdenciário é pequeno. Agora se for contar os recursos dos impostos que foram originalmente criados para a Previdência Social e que não são repassados ela é superavitária. Quanto aos gastos com a administração, ela é apenas de 1,3% do orçamento. Dessa forma, o que se gasta em pagamento da dívida brasileira, cuja origem foi a sua multiplicação por 10 no governo FHC, fica patente que ela é o bode. É necessária a sua equalização, através da queda consistente dos juros básicos, da mudança do perfil e do seu alongamento.

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